Viva a Palavra TV

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010



FORMATURA DA JOCUM EM TUBARÃO


Nesta quinta-feira (23) a Igreja Batista Palavra Viva teve a honra de sediar uma cerimônia de formatura de missionários da JOCUM, base de Rivera, Uruguai, que passaram o último mês conosco e que terminam agora seu estágio prático. São eles Milena Maria Lopes, de Joinville/SC e Adrian Ferrón Perdomo, de Rivera/URU.

A cerimônia foi presidida pelo Pr. José Lopes de Souza, Coordenador da base JOCUM de Rivera, auxiliado pelos missionários Victor Ogas Astudillo e Leonara Ogas Astudillo, contando com a presença dos pais de Milena e do Pr. Anderson Rodrigues, da Igreja Metodista Internacional, de Joinville.

No meio da cerimônia, foi apresentado um vídeo retratando o estágio prático dos formandos, parte em Tubarão, na nossa Igreja e parte em Belo Horizonte, em outro ministério.

Os membros do Ministério Palavra Viva, que estiveram presentes, confraternizaram muito com os missionários, pois deixaram muitas saudades aqui, pelos momentos que passaram conosco.

sábado, 18 de dezembro de 2010


A TRÍPLICE VISÃO DO SALMO 19



Pr. Bartolomeu de Andrade



Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouve-se as suas vozes. Em toda a extensão da terra estende-se a sua voz, e as suas palavras até o fim do mundo. Nos céus pôs uma tenda para o sol, que é qual noivo que sai do seu tálamo, e se alegra, como um herói, a percorrer o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra extremidade deles; nada se furta ao seu calor. (1-6)


A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; as ordenanças do Senhor são verdadeiras, e inteiramente justas. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; mais doces são do que o mel que goteja dos favos. Por eles é admoestado o teu servo; em os guardar há grande recompensa. (7-11)


Quem pode entender os próprios erros ? Expurga-me Tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o Teu servo, para que não se assenhoreie de mim; então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca, e a meditação do meu coração perante a tua face, ó Senhor, Rocha minha e Redentor meu! (12-14)


Este salmo, que acabamos de ler, é dividido em três partes distintas. Na primeira parte (v.1-6) o salmista Davi fala da natureza que se revela, da grande criação de Deus; na segunda parte (v.7-11), ele fala da Palavra de Deus e da importância dela na criação de todas as coisas; finalmente, na terceira parte (v.12-14) ele quebranta-se diante do Deus Todo-Poderoso.

Fica flagrante a mudança de rumo, a mudança radical. O salmista pára de narrar as palavras do Senhor e põe sua alma na presença de Deus. Pergunta a Deus quem poderia ser capaz de entender seus próprios erros, pedindo a operação de Deus na sua vida, tirando-lhe os pecados ocultos, e também o seu orgulho. Ele encerra sua oração rogando a Deus que receba suas palavras, que entenda os seus propósitos. Termina o salmo em adoração ao Criador da natureza, que nos deu a Sua Palavra.


A beleza da criação


Mesmo que não existisse a Bíblia, nem pregadores da Palavra de Deus, inspirados pelo Espírito Santo, a própria natureza criada por Deus já seria uma Bíblia aberta. Existe muita coisa além desse universo, desse verde, desse céu azul. Na ausência da Palavra Escrita ou falada, a natureza se encarrega de dizer coisas que a maioria das pessoas teima em não perceber, teima em não tomar conhecimento.

Quem não se sensibiliza com um beija-flor procurando pelas flores, com a metamorfose da fotossíntese, com o equilíbrio da natureza enquanto não tocada pelas mãos do homem ? Quem é capaz de não se sensibilizar com o equilíbrio entre a vida e a morte entre os animais, com a natureza seguindo o seu curso normal sem interferência do homem ? Quem não se sensibiliza com o sol nascendo, com a escuridão da noite, com as estrelas e com a chuva ?

É como diz o salmista Davi: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as vozes...” Que sensibilidade teve o poeta de Deus ao pronunciar essas palavras! É poesia da mais alta qualidade!

A natureza fala das grandezas de Deus. A criação louva ao seu criador diuturnamente. Alguns cientistas, certa vez, tomaram amostras de flocos de neve de épocas e locais diferentes e constataram não haver igualdade no tipo de neve, de forma alguma. Não se repete o mesmo tipo de neve. Há um Deus por trás disso tudo!

O próprio Jesus falou desse Deus, no seu ministério, quando disse que a chuva e o solo caem sobre os bons e os maus da mesma forma. No “Sermão da Montanha”, Jesus desperta Seus discípulos para observarem os pássaros, os lírios, dizendo que por serem criação de Deus estavam sob a Sua proteção, que Deus os alimentava e vestia diariamente. Concluiu referindo-se à criação maior, que é o homem, que estaria, principalmente ele, sob a Sua potente proteção. (Mt 6:19-34)

Davi foi abençoado pelo Espírito Santo, enquanto observava a natureza. Grandes frases poéticas são ditas ali sob a Sua inspiração. Por exemplo: “...Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as vozes da natureza...” Deus fala por trás de cada milagre existente na natureza! No verso 4, a menção “...sol se escondendo numa tenda, qual noivo que sai do seu tálamo e se alegra...” é outra visão poética fantástica, fascinante, inspirada, sem dúvida, pelo Espírito Santo.


A Palavra que cria


A partir do verso 7, o salmista começa a falar da Palavra de Deus, concluindo que tudo foi criado por ela, sob a inspiração do Espírito Santo. Fala da natureza, mas ato contínuo passa a falar de quem criou a natureza: a Palavra de Deus! A partir daí ele fala dos preceitos, das leis, dos mandamentos de Deus, da Palavra que cria todas as coisas; a partir daí ele fala dos juízos do Senhor, que se assemelham às maravilhas da criação, às bênçãos da natureza.

Muitas pessoas se decepcionam com os homens, com suas afirmações, com suas promessas não cumpridas, mas confiar na Palavra de Deus, ao contrário, traz segurança, recompensas. Vemos por aí casais frustrados, acusando-se mutuamente, falhas gritantes de formação, decepções gradativas... Deus, porém, não decepciona, pois Sua Palavra é confiável, uma vez que o Senhor vela por ela! Confie! Deus vai cumprir Suas promessas uma a uma. Creia na Palavra de Deus e você será bem-aventurado.


O quebrantamento inevitável


A partir do verso 12, após a observação das maravilhas da criação, e diante do poder da Palavra Criadora, Davi curva-se diante de Deus. Esquece-se, então, da natureza, da Palavra e quebranta-se, começando a orar.

Aproveitando esta oportunidade, vale registrar, a nível de ensino, que toda ação devocional precisa desembocar em oração, em quebrantamento, sob pena de não conseguir cumprir o seu objetivo. Isaías, no capítulo 6 do seu livro, tem um arrebatamento, e quebranta-se. É assim que funciona! Toda reflexão divinamente inspirada acaba dessa forma. Davi fala das maravilhas da natureza e o Espirito Santo mescla tudo isso com a Palavra. É do casamento entre o Criador e a coisa criada que temos como resultado o louvor, o quebrantamento. Como resultado, afloram os erros conscientes e os inconscientes, erros em duas dimensões.

Observe, que no verso 12 o salmista pergunta: “Quem pode entender os próprios erros ?” Realmente, é uma tarefa muito difícil nos curvarmos diante dos próprios erros. Davi, deparando-se com essa incompreensão, pede socorro do Alto!

Temos que orar pelos erros ocultos, pelos erros que não estão ao nível da consciência, da percepção pessoal! Peçamos por libertação! E aproveitemos para pedir por libertação da soberba, do orgulho, sentimentos que têm impedido pessoas de se aproximarem de Deus, de servi-Lo da forma como Ele quer. “É aos humildes que Deus dá graça” (Tiago 4:6). Pedro disse que devemos nos humilhar diante de Deus, da forma como Jesus nos ensinou. (I Pedro 5:6)

Davi termina o salmo pedindo que Deus veja graça nas suas palavras, na sua oração, no seu quebrantamento, chegando a chamá-Lo de libertador. Pede libertação, que suas palavras sejam agradáveis a Deus. São palavras exteriores, em perfeita sintonia com o seu interior. Isso se chama transparência!

As fanfarronices de Pedro, antes da morte de Jesus, eram flagrantes; a valentia era uma mentira, no seu íntimo! Logo, logo estaria agindo de forma antagônica àquilo que havia afirmado.

Não havia conversão perfeita às coisas de Deus. Sua atitude traía suas palavras. Peça que Deus dê coerência entre suas afirmações e atos!

Que nossas palavras sejam agradáveis e também a meditação do nosso coração! Que nossas palavras tenham peso e autoridade, que reflitam aquilo que dizemos! O hoje e o amanhã têm que estar em perfeita sincronia.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PRECISAMOS, HOJE,
DE UM EVANGELHO SIMPLES

Max Lucado



É muito necessário que a gente entenda o propósito do sofrimento, pois ele é a ferramenta usada por Deus para tratar o caráter humano. Um dos mais festejados autores cristãos da atualidade, Max Lucado, faz de sua obra um instrumento do amor de Deus. Já se disse – e é verdade – que a unanimidade é perigosa. Por isso mesmo, dizer que todo mundo gosta do escritor norte-americano Max Lucado pode ser arriscado.

Mas, com certeza, é algo bem próximo da realidade. Autor consagrado por mais de 60 livros que venderam algo perto de 50 milhões de exemplares em todo o mundo, ele é um fenômeno das letras cristãs.

A abrangência de sua obra pode ser avaliada pela diversidade dos temas que aborda. “Derrubando Golias”, “Ele escolheu os cravos”, “Seguro nos braços do Pai”, “Nas garras da graça” e “Simplesmente como Jesus” são alguns títulos que demonstram seu ecletismo. Lucado, mestre dos textos devocionais e inspirativos, começou a escrever em 1985, quando morava no Rio de Janeiro. Aliás, o período em que viveu no nosso país é descrito por ele como um tempo de carinhosas lembranças. “Tenho um amor especial pelo Brasil”, derrete-se. “O brasileiro é o melhor povo do mundo.” Pastor por chamado divino e escritor por uma vocação, que garante ter recebido também de Deus, Max Lucado é tido nos Estados Unidos como uma referência cristã que transcende os muros da Igreja.

Seu trabalho é enaltecido por publicações seculares como o The New York Times e o USA Today. Mesmo assim, ele não é condescendente com a atual situação de seu país. “Os Estados Unidos não são mais uma nação cristã, porque o cristianismo não influencia mais suas decisões”, critica. Casado com Denalyn e pai de três filhas, Lucado vive em San Antonio, no Texas, onde até recentemente pastoreava a Oak Hills Church. Afastou-se do púlpito para dedicar-se mais à carreira de escritor – embora, evidentemente, as duas funções lhe caibam como uma luva. Por telefone, Max Lucado concedeu a seguinte entrevista, exclusiva, a esta primeira edição de CRISTIANISMO HOJE:

ENTREVISTADOR ― A passagem de João 3.16, também chamado de “texto áureo” da Bíblia, é certamente a mais lida e pregada da Escritura. Por que o senhor o escolheu como base do seu novo livro?

MAX LUCADO ― Sou pastor, e todos os meus livros são para a Igreja – ou seja, eu os faço pensando na Igreja, e ela necessita saber que estamos numa época em que precisamos estudar um Evangelho simples. E como fazer isso? Explicando tudo numa frase bem simples, expressando opiniões mais simples ainda. Então, considero o texto de João 3.16 como uma passagem ideal. O curioso é que a primeira vez em que pensei neste livro foi em 1998, quando ouvi uma música da cantora Jacy Velásquez, baseada justamente na passagem de João 3.16. Aí, uma pessoa me deu a idéia de escrever um livro baseado também nesse texto. Bem, passados os anos, aí está o livro.

ENTREVISTADOR ― Por que o dia 11 de setembro, data tão emblemática para a humanidade, foi escolhida para o lançamento mundial de um livro que fala justamente da antítese do ódio?

MAX LUCADO ― Há uma maneira de comparar 11 de setembro com João 3.16 – e é precisamente a contraposição do medo contra a esperança.

ENTREVISTADOR ― Na sua opinião, o que mudou na Igreja após aquele episódio? Ela também perdeu um pouco da sua esperança? E agora, passados seis anos dos atentados, como os cristãos americanos lidam com a questão?

MAX LUCADO ― Infelizmente, nada mudou desde então. Eu me lembro de que nos primeiros dias após o atentado, todas as igrejas estavam lotadas. Só que o tempo passou e as pessoas não permaneceram naquela busca pelo Senhor. Agora, está tudo normal. Infelizmente, o cristianismo não influencia os Estados Unidos. Aliás, os Estados Unidos não são um país cristão, mas um país que tem cristãos. Um país cristão glorifica a Cristo em suas decisões e os Estados Unidos não estão fazendo isso. Eu acho que os Estados Unidos não estão crendo no Senhor como a Coréia do Sul, o Brasil ou a China.

ENTREVISTADOR ― Qual sua expectativa quanto ao efeito de João 3.16 sobre os leitores?

MAX LUCADO ― Eu tenho duas expectativas. Uma delas é a de alcançar as pessoas que não são discípulos de Cristo, e para isso quis apresentar-lhes um livro que explicasse o Evangelho de forma simples. A outra é edificar os cristãos, fazendo-os entender o Evangelho. Eu quis descomplicar as coisas importantes da Palavra de Deus.

ENTREVISTADOR ― Mas o livro tem alguns capítulos que abordam temas bem complicados, como a existência do céu e do inferno. Algumas modernas interpretações da Bíblia têm procurado relativizar essa doutrina, sugerindo que um Deus tão amoroso jamais lançaria pessoas no inferno, e que este termo, na realidade, significaria apenas “sepultura”. O senhor considera que as referências ao céu e ao inferno, na Palavra, são literais e referem-se mesmo a estados eternos a que serão destinadas todas as pessoas?

MAX LUCADO ― Eu procurei achar todas as possibilidades e caminhos para concordar com as pessoas que dizem que não existe literalmente o inferno. Mas, simplesmente, não concordo com isso. As Escrituras descrevem uma punição eterna com a mesma convicção que falam sobre a existência do céu. Eu estou convencido de que o inferno existe de fato – e é o destino eterno das pessoas que passam a vida inteira dizendo para Deus as deixarem a sós. Pois no final, é exatamente isso que Ele irá fazer.

ENTREVISTADOR ― Desde o lançamento de “O maior vendedor do mundo”, de Og. Mandino, os temas motivacionais e princípios da auto-ajuda ensejaram o surgimento de um dos principais gêneros literários da atualidade. Qual a sua opinião acerca deste tipo de literatura?

MAX LUCADO ― A auto ajuda é uma boa idéia, mas uma mão limpa não pode ajudar a limpar uma suja. Logo, os princípios da auto-ajuda não são suficientes para o ser humano. Por isso, temos que buscar ajuda de outro lugar. Precisamos ter ajuda de Deus. É por isso que eu prefiro a “Cristo-ajuda”.

ENTREVISTADOR ― Mas esses temas também têm influenciado fortemente a literatura evangélica. Como conciliar, então, os princípios da auto-ajuda, que visam ensinar as pessoas a resolver seus problemas, com a fé cristã, que enfatiza a dependência irrestrita de Deus?

MAX LUCADO ― Bem, todo mundo precisa de encorajamento e, por isso, todo mundo precisa atualmente da mensagem de Cristo sobre a cruz e a ressurreição. No entanto, não podemos sacrificar o Evangelho. Só encorajar não é suficiente. Temos que tratar o pecado, explicando sua natureza e mostrando o Salvador, mas não abrindo mão do Evangelho.

ENTREVISTADOR ― O que sabe da aceitação de seus livros no Brasil?

MAX LUCADO ― Fico feliz, pois sempre recebo muitas cartas de brasileiros, que fazem questão de me encorajar e incentivar.

ENTREVISTADOR ― Que lembranças o senhor guarda do período em que viveu no Brasil?

MAX LUCADO ― Tenho um amor especial pelo Brasil! É o melhor povo do mundo. Os brasileiros me ensinaram muito sobre relacionamento. Na juventude, eu passei um verão no Brasil como estudante universitário. Então, acabei me apaixonando pelo país, e desde então sabia que o seu país era onde eu queria morar. Eu tenho três filhas, sendo duas nascidas no Brasil; logo, eu e minha família temos raízes profundas com esse país. Eu ainda tenho muito amigos no Brasil, especialmente nas cidades do Rio de Janeiro, Natal, Recife e São Paulo. Eu também tenho lembranças de Porto Alegre e Curitiba. Foi um privilégio viver aqueles anos em seu país.

ENTREVISTADOR― E pensa em voltar a residir no Brasil?

MAX LUCADO ― Não. Mas adoraria uma nova estada prolongada.

ENTREVISTADOR ― A publicação do documento “Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja”, no qual o Vaticano arvora para o catolicismo a condição de “única Igreja de Cristo”, foi um duro golpe no processo de aproximação da Igreja Católica das demais correntes cristãs. Como escritor que também é maciçamente lido por católicos, o que o senhor pensa acerca deste enfrentamento?

MAX LUCADO ― Eu acho que ser cristão é ser uma pessoa cujo Deus é o Senhor e que tem a Jesus Cristo como único salvador. Ora, não podemos ser salvos sem Cristo! Eu não acho que todos os caminhos levam a Deus. O que faz uma pessoa cristã não é a igreja que ela freqüenta; por isso, acho que há verdadeiros cristãos tanto na Igreja Católica quanto nas igrejas protestantes. Todavia, há muitos católicos que não são cristãos, como também há muitas pessoas que pertencem a igrejas evangélicas que não o são.

ENTREVISTADOR ― Em seu livro “Dias melhores virão”, o senhor defende a crença no fato de que o Senhor sempre está no controle da situação – mesmo em casos de extremo infortúnio, como a doença e a morte, tema também presente em “Aliviando a bagagem”, Ele ainda remove pedras e diversas outras obras suas. Mesmo para o cristão, manter a fé diante do mundo de hoje não está cada vez mais difícil?

MAX LUCADO ― Sim, está. Eu acho que é muito difícil ser cristão. Principalmente, nos Estados Unidos, onde o secularismo é uma religião – ou seja, só se acredita vendo. Por causa disso, as pessoas não oram, pois só acreditam no que vêem. O que eu gosto no Brasil é que os brasileiros acreditam que existe um mundo espiritual, crêem na existência de anjos etc.

ENTREVISTADOR ― Na sua opinião, o cristão tem uma percepção correta do sofrimento e do seu significado?

MAX LUCADO ― É muito necessário a gente entender o propósito do sofrimento. Ele é a ferramenta usada por Deus para tratar o caráter humano. A Bíblia diz que o sofrimento nos prepara para sermos fortes; ele nos prepara para a vida eterna. E é fundamental ressaltar que a Palavra de Deus não nos revela que não teríamos sofrimentos – mas afirma que Cristo nos fortaleceria nestes momentos.

ENTREVISTADOR ― A teologia da prosperidade, de matriz americana, influenciou fortemente a Igreja Evangélica brasileira. Um de seus pressupostos básicos é justamente a eliminação do sofrimento nesta vida. Mas percebe-se que hoje tem havido um certo “cansaço”, sobretudo em relação a promessas dos líderes que não se concretizam na vida dos fiéis. O que o senhor pensa da confissão positiva?

MAX LUCADO ― Eu não acho bom dizer às pessoas que, quando elas se tornarem cristãs, vão ter coisas materiais. E tenho problemas com aqueles que dizem que, quando o indivíduo se converte, vai ganhar dinheiro, não vai ter doenças… Mas a promessa de Cristo é a de nos fortalecer no meio dos problemas, e não, que a gente não vai tê-los.

ENTREVISTADOR ― O que mudou no Max Lucado escritor desde o lançamento de seu primeiro livro?

MAX LUCADO ― O que mudou (risos)? Hoje em dia, eu tenho mais dead line (Da redação: Trata-se de expressão utilizada no segmento editorial e se refere aos prazos para fechamento de textos e entrega de originais). Agora, eu trabalho muito mais no computador do que antes. Eu escrevi meus primeiros livros na época em que morava no Rio de Janeiro. Naquele tempo, eu os escrevia entre dez e meia da noite e meia-noite… Só que agora, uso o meu tempo integral para escrever.

ENTREVISTADOR ― Agora, uma pergunta inevitável: qual o segredo do sucesso dos seus livros?

MAX LUCADO ― Olha, eu não sei o porquê de os meus livros serem bem recebidos. Simplesmente, não tenho explicação para isso. Eu apenas gosto de escrever para pessoas que não gostam de ler, pois sou uma pessoa bem simples.

ENTREVISTADOR ― Por que o senhor resolveu aposentar-se do pastorado da Oak Hills Church, congregação onde exerceu o ministério desde 1987?

MAX LUCADO ― Na verdade, não estou me aposentando. Só estou mudando de cargo, já que vou ficar trabalhando como professor da Bíblia. Acontece que conciliar o ofício de escritor com o cargo de pastor principal é demais. Só estou simplificando as coisas.

ENTREVISTADOR ― Em João 3.16, Deus apresenta seu amor infinito ao homem. Como o senhor tem vivenciado este amor na sua vida?

MAX LUCADO ― O amor de Deus é a coisa mais importante da minha vida. Eu lutei muito com o Senhor nos primeiros dias da minha conversão. Era alcoólatra e achei que Deus poderia me perdoar; e aí, finalmente, comecei a acreditar nesse amor divino e efetivamente cri que Deus pode nos perdoar.

ENTREVISTADOR ― Em recente entrevista a uma revista americana, o senhor abordou essa sua relação com o álcool – tema considerado tabu no segmento evangélico, que considera seu consumo como pecado. Por que o senhor resolveu tocar no assunto?

MAX LUCADO ― O abuso do álcool é parte da minha história, pois me envolvi cedo com a bebida. Mas, graças a Deus, beber excessivamente não é mais uma tentação para mim.

ENTREVISTADOR ― Logo, Deus é o Deus da segunda chance?

MAX LUCADO ― E da terceira, da quarta…

segunda-feira, 22 de novembro de 2010


O CENTURIÃO DE CAFARNAUM

Pr. Bartolomeu de Andrade



O servo de um certo centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Quando o centurião ouviu falar a respeito de Jesus, enviou-Lhe uns anciãos dos judeus, rogando-Lhe que viesse curar o seu servo.

Chegando eles a Jesus, rogaram-Lhe muito, dizendo: “É digno de que concedas isto, porque ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga.”

Então Jesus foi com eles. Estando já perto da casa, enviou-Lhe o centurião uns amigos para Lhe dizer: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso não me julguei digno de ir ter contigo. Dize, porém, uma palavra, e o meu servo será curado. Pois também sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens e digo a este: Vai, e ele vai, e a outro: Vem, e ele vem. Ao meu servo digo: Faze isto, e ele o faz.”

Ouvindo isto, Jesus se maravilhou dele e, voltando-se, disse à multidão que O seguia: “Digo-vos que nem ainda em Israel achei tanta fé.” Voltando para casa, os que foram enviados, acharam curado o servo. (Lucas 7:2-10)


A partir de agora, procuraremos meditar um pouco sobre esse centurião romano, as lições que sua vida nos legou, o seu testemunho, o seu comportamento, suas ações, atitudes, palavras, enfim, o que nos deixou de positivo, de bom.

Nesse texto, vemos um milagre que o senhor Jesus operou de forma extraordinária. Mas não é desse milagre que vamos falar, nem de como Jesus resolveu o problema do centurião, pois vamos nos restringir apenas às atitudes do próprio centurião, no contexto desse milagre.


Autoridade com dignidade


Introdutoriamente, podemos perceber que esse homem tratava seus comandados com apreço. O versículo 2 conta que o centurião estimava muito a um servo que estava doente. O versículo 3 conta que quando o centurião ouviu falar de Jesus, enviou-Lhe uns anciãos, seus amigos, para rogar-Lhe que viesse curar o seu servo.

Atualmente, se olharmos ao nosso redor, se assistirmos noticiários de TV, concluiremos que esse valor está cada vez mais ausente no relacionamento patrão-empregado. Apesar da situação de servo, naquela época, estar muito próxima da condição de escravo, o centurião não levava em conta a sua superioridade social. Servos, na época, normalmente eram pessoas que não tinham nome, nem dignidade, não se amparavam em lei nenhuma. Poderíamos compará-los a animais domésticos, a prestadores de serviços, a carregadores. Eram pessoas “sem eira, nem beira”, como se diz por aí. O centurião, porém, pensava diferente: ele se preocupava com a doença do seu servo, pois os tratava com amor, com atenção e dignidade.


Os perigos do poder


Como pode ser que alguém não saiba o que significava o título “centurião”, convém esclarecermos que era um oficial, uma autoridade representativa do governo romano enquanto dominavam o povo judeu, usando esse nome exatamente porque liderava militarmente uma centena de pessoas.

De uma forma ou de outra, cada um de nós tem um grau de poder, pois não existe ninguém sem poder algum. Já pararam para pensar nisso? Existem pessoas com muito poder, outras com pouco poder, ou até quase nenhum poder, mas sempre existe, no nosso conceito, algum tipo de poder na vida de cada pessoa: a esposa tem poder sobre sua casa; se é mãe, tem poder sobre os filhos; se a pessoa não é casada, tem poder sobre um animal de estimação... Na verdade, cada pessoa detém algum tipo de poder.

É normal ouvir-se por aí sobre o perigo de se lidar com o poder, pois ele corrompe as pessoas Um político, certa vez, disse que temia assumir cargos eletivos porque eles conferiam poder em demasia, na estrutura do país. Ele dizia-se preocupado com os bons costumes, com a justiça, pois provinha de uma formação familiar excelente, e não conseguia administrar muito bem as “negociações” decorrentes do posto que ocupava.

O centurião, por sua vez, possuía uma maneira saudável de lidar com o poder, digna de ser imitada por cada um de nós. Procurava fazer com que os subalternos tivessem uma vida digna, não sendo corrompido pela supremacia que o poder lhe conferia.

Sempre é bom lembrar que se temos alguma coisa em nossas vidas é pela misericórdia divina; se exercemos algum tipo de influência, de atividade, se detemos algum tipo de poder, algum vínculo, precisamos entender que foi Deus quem nos proporcionou essa possibilidade.

Assim, se estamos investidos numa posição de mando, de chefia, devemos nos manter dentro da filosofia de vida desse centurião, tratando nossos inferiores com carinho, amor, presteza e dignidade. Só agindo assim estaremos glorificando a Deus em nossas vidas, pois Deus é quem nos habilita a experimentarmos tudo aquilo que Ele tem projetado para nós.

Chamamos a sua atenção para o fato do centurião lançar mão de todo o seu prestígio, a fim de que seu servo pudesse receber a bênção: mandou os anciãos dos judeus para tratarem com Jesus, usando, de maneira correta, sua influência, e seu poder. Ele não mandou qualquer pessoa, mas os anciãos, as pessoas mais influentes na sociedade judaica. Não há dúvida de que estamos vendo o poder usando bem o poder, tudo por uma boa causa. Jesus era judeu, logo, deveria atender àquelas pessoas.

Como foi bonito! Uma pessoa poderosa usando pessoas poderosas para que um simples servo fosse beneficiado. Estão entendendo agora porque não podemos enxergar só o milagre de Jesus, nessa passagem? Quantas lições os textos da Palavra de Deus trazem para nós, nas suas entrelinhas!

Peçamos a graça de Deus, para que, em qualquer circunstância, em qualquer esfera da nossa vida, não deixemos de ser cristãos de verdade, não deixemos de ser servos de Deus, pois ali Ele será glorificado através da nossa vida. Que o poder não nos corrompa, nem nos distancie das pessoas menos importantes socialmente ou profissionalmente!


Viver com humildade


Parece uma coisa fora de lugar, falar de humildade num centurião, um representante do poder expansionista e totalitarista de Roma, um poder opressor, agressivo, que conquistava o mundo com uma fúria terrível. Mas esse homem conseguia ser humilde mesmo assim, cultivando sentimentos dentro de si, como que tentando se proteger da corrupção reinante.

Observe que quando Jesus concordou em atender ao seu pedido (v.6) e encaminhava-se para sua casa com os anciãos, o centurião manda-Lhe amigos ao Seu encontro, dizendo que não se sentia digno de receber Jesus em sua casa. Confirma essa postura ao dizer que mandou os primeiros emissários e os segundos, por não se sentir digno de um contato pessoal com o Mestre. Assim, pede a Jesus, pelos seus emissários, que Ele apenas dissesse uma palavra de cura, e o servo sararia.

Que mensagem humilde! Apesar de todo o status que desfrutava, de todo o poder que representava, apesar de toda a influência sobre as pessoas da sua casa, da sua cidade, sobre seus soldados, ele protegia o seu caráter, cultivando sentimentos de sensibilidade às dificuldades à sua volta e à própria existência do ser humano.

Apesar de termos tantas coisas, apesar de sermos tão abençoados por Deus e de desfrutarmos de tanta posição, olhando friamente para a nossa vida, veremos que a gente não é nada, embora muitas vezes pareça ao contrário.

Quem é humilde, assemelha-se a Jesus. Aliás, essa foi a primeira lição que Jesus quis ensinar aos Seus discípulos, quando disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração.” (Mateus 11:29) Jesus foi um humilde servo de Deus, mesmo sendo o Deus humanizado, que se fez carne e habitou entre nós, o Deus que criou todas as coisas, tanto que foi chamado, em Isaías, de “Pai da Eternidade”. (Isaías 9:6)

No momento em que o centurião vislumbrou Jesus vindo com Seus discípulos, deve ter pensado: Oh, meu Deus, Ele vai entrar na minha casa! Achou aquilo impróprio para a grandeza do Mestre! Foi quando mandou que seus amigos se encaminhassem ao Seu encontro, para dizer-Lhe: “Senhor, não te incomodes! Não sou digno de que entreis em minha casa! Nem ainda me julguei digno de ir ter contigo! Dize apenas uma palavra, e meu servo sarará!” Que humildade tinha esse homem!

Agora, abrimos um parêntese para uma reflexão, pois alguém pode, ao ler este texto, ter um julgamento precipitado. A Bíblia não menciona, mas alguém poderia ter pensado que o centurião possa ter usado aqueles emissários por comodidade, pelo fato de ter poder e por isso não precisaria fazer as coisas pessoalmente. É possível que alguém tivesse pensado isso, pois as pessoas são muito rápidas para julgar, baseando-se apenas em aparências. O versículo 7, porém, registra claramente o motivo dessa atitude: o centurião não se achava digno nem de defrontar-se com o Senhor, apavorando-se ante a possibilidade de Jesus entrar na sua casa.

Que lição para nós! Que humildade tremenda! Se alguém o estava julgando prepotente e comodista, deve ter ficado envergonhado, ao perceber, no final do nosso texto, o real motivo que levou o centurião a agir desse modo.


O amor que age


Nos versículos 4 e 5, quando os anciãos chegam diante de Jesus, apressaram-se em dar tertemunho da nobreza de caráter do centurião, dizendo que ele era digno de merecer a graça que pedia, uma vez que amava a nação israelita, chegando ao ponto de construir uma sinagoga para a comunidade. Parecia que os anciãos estavam se desculpando com Jesus, pelo fato de estarem pedindo ajuda para um centurião dos romanos, povo que estava a oprimir os judeus, como se Jesus não soubesse de todas as coisas.

E esse homem vai se agigantando diante dos nossos olhos, pela narrativa bíblica: preocupava-se com os subalternos, julgava-se indigno de fitar Jesus face a face e, finalmente, são os próprios judeus quem imploravam a Jesus que considerasse o pedido do centurião! Que respeito esse homem conquistou naquela cidade, apesar de estrangeiro, apesar de invasor, apesar de ser o representante do governo injusto de Roma!

O centurião derrubou todos os preconceitos que lhe eram contrários, desde que chegou àquela cidade. Venceu pelo seu testemunho, pelo seu comportamento, pelo seu amor, pela dignidade com que tratava aqueles que o rodeavam, colocando por terra uma barreira cultural e política, e angariando o respeito de todos. Agora ele recebia a bênção de Deus, pois Jesus o honrou publicamente. Quem anda como Deus quer, recebe honra! É como a Bíblia diz: “A quem honra, honra!” (Romanos 13:7)

Que Deus nos ajude a viver com esse sentimento maior, que é o amor, o caminho excelente, o elemento que dinamiza os dons do Espírito, que traz maturidade para a vida cristã, o dom maior de Deus. (1 Coríntios 13:1-13) Sobre esse assunto, o apóstolo João nos ensina o seguinte: “Amemo-nos não somente com palavras...” (1 João 3:18)

O amor se manifestou em obras concretas, pois o centurião amava aquele povo, provando isso ao construir-lhe uma sinagoga, onde pudessem desenvolver a sua religião, o culto ao seu Deus. Esse homem custeou as despesas para a construção da sinagoga, mostrando o verdadeiro amor, aquele amor que se manifesta em obras, e não só com palavras. Amor não é “tapinha nas costas”; é iniciativa, é obra, é ação!

O centurião não usava seu prestígio e poder para “pisar” nas pessoas; ao contrário, usava-os para ajudar aqueles que dependiam dele. A nível de Igreja, uma das coisas que manifesta o amor que o povo tem por ela, é quando a ajuda de maneira tangível, palpável, objetiva e prática.


Fé com discernimento


No versículo 7, ele diz que bastaria uma palavra de Jesus para que seu servo se curasse. Com isso, o centurião mostrou que sabia que Jesus não precisava entrar na casa dele para que o milagre acontecesse. Isso é fé! É a manifestação mais bonita da fé!

No versículo 8, como homem que tem autoridade, ele explica porque tem essa fé: fala dos soldados sob seu poder, dos servos que fazem tudo o que ele manda. Assim, tem fé de que uma palavra de Jesus fará cair por terra qualquer problema. Fé simples! Enxergou na sua própria rotina os reflexos do poder maior que movia o Senhor Jesus. Assim como ele mandava um soldado fazer, e ele fazia, se Jesus mandasse a doença sair, ela sairia! Apenas por uma palavra! Que simplicidade! Que entendimento prático!

Jesus maravilhou-se! E veja que era preciso muito valor num homem, para que produzisse espanto em Jesus! A manifestação simples da fé daquele homem produziu espanto em Jesus! Virando-se para a multidão que O seguia, Jesus disse: “Digo-vos que nem em Israel tenho achado tanta fé.”

Ato contínuo, os emissários voltaram para casa e encontraram o servo são, sem mais nenhum problema de enfermidade. Ali estava a recompensa às atitudes de fé e humildade : honra pública!


Conclusão


Toda essa história nos mostra que vale a pena tratarmos com dignidade aqueles que nos rodeiam, especialmente aqueles que dependem de nós para alguma coisa. Ao invés de espezinhar, vamos tratá-los com dignidade, pois isso agrada ao Senhor. A Bíblia diz que “Deus resiste aos soberbos, mas concede graça aos humildes.” (Tiago 4:6) E diz ainda: “Humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, nos exalte.” (1 Pedro 5:6). É uma virtude recomendada por Deus, pois enriquece nosso caráter, abre nosso coração para recebermos as maiores bênçãos do Senhor.

“Não sou digno de que entres na minha casa.” É como de dissesse: Não sou digno nem de olhar para o Teu rosto! Que humildade! É como se dissesse: Eu sou tão pecador e Tu és tão santo! Como poderíamos ficar frente a frente um do outro?

Vale a pena crer em Deus, a despeito da nossa luta, a despeito dos problemas, a despeito das impossibilidades, pois Ele honra a nossa fé, e honra publicamente, para que não fique dúvida nos incrédulos. Deus não está muito preocupado com a nossa aparência, com os nossos títulos, com o nosso status; Deus quer ver é fé e humildade em nosso coração, para que possamos ser abençoados por Ele, para que nos tornemos pessoas felizes, pacíficas com os outros e conosco mesmos. Veja que em Hebreus 11 Deus fala da galeria dos Heróis da Fé, honrando o comportamento de pessoas como Sansão, Jefté, Abraão, Isaque, Jacó... Fala dos profetas, dos patriarcas que creram n’Ele, a despeito de tudo e de todos.

Estamos terminando aqui essa vista panorâmica das ações, das palavras e das atitudes do centurião de Cafarnaum, pois ela já nos ensinou que valores devemos cultivar, que sentimentos devemos possuir, que palavras devemos dizer, para que o favor de Deus se derrame sobre as nossas vidas. Imitemos esses valores da vida do centurião, de forma que Deus se volte também para nós e nos abençoe com Sua graça e misericórdia.

Devemos extrair de todo o texto uma lição da maior importância, em termos de autoridade espiritual. Pela explicação que o centurião dá (“...pois também eu sou homem sujeito à autoridade”) em relação à sua confiança na Palavra de Jesus, entendemos que o princípio da autoridade está na submissão, pois até os demônios estão sob a autoridade de Deus. Eles eram anjos, e por isso sabem como a coisa funciona, e quem é que manda no mundo espiritual.

Submetamo-nos, pois a Deus à Sua Palavra, como também às autoridades constituídas por Ele, a fim de que nessa submissão exigida pelo Senhor, vejamos fluir em nós essa tão almejada autoridade espiritual, pois com ela viveremos de maneira triunfante sobre essa terra.

terça-feira, 26 de outubro de 2010


AS BORRAS DE MOABE


Pr. Bartolomeu de Andrade


Moabe esteve descansando desde a sua mocidade, como o vinho sobre os resíduos, não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o exílio. Por isso conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou. Mas vêm dias, diz o Senhor, em que lhe enviarei derramadores que o derramarão, e esvaziarão as suas vasilhas, e romperão os seus odres. (Jeremias 48:11,12)


“E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.” (Romanos 8:28)


Existem textos da Bíblia que são de difícil entendimento. Este, de Jeremias, por exemplo, é um texto bastante misterioso, que utiliza padrões culturais de uma época distante, mas que contém uma grande revelação.

Sentimos que a Palavra de Deus está vindo pesada, hoje, e gostaríamos que todos saíssem daqui entendendo coisas que até hoje não passavam de mistérios. Estávamos sentados, até há pouco, aguardando a nossa hora de falar, e essa mensagem veio forte ao nosso coração. Esperamos que a misericórdia de Deus caia sobre nós, para que possamos transmitir tudo aquilo que nos chega ao coração, e também que todos possamos ser abençoados por este ensino que ministraremos a partir de agora.


A estagnação de Moabe


Fixando-nos no texto de Jeremias, torna-se necessário registrar que outras traduções dizem que Moabe estava descansando sobre suas fezes, e outros ainda, sobre suas borras. Seja qual for o nome, são resíduos que permanecem na composição do vinho, interferindo no seu sabor, na sua coloração e até no seu processo de fermentação.

O único modo de se retirar esses resíduos do vinho em fabricação, é proceder a uma troca sucessiva de vasilhames, até que a borra desapareça. É muito semelhante ao que fazemos quando queremos esfriar leite, derramando o líquido de uma caneca para outra. Muitas vezes, só um especialista consegue perceber a persistente presença de borra, depois de vários despejamentos do vinho, de vaso em vaso. Assim, mais trocas se fazem necessárias.

Outra explicação que se faz necessária, aqui, é que quando a Bíblia fala de Moabe, está se referindo aos moabitas, um povo da época de Abraão, que não estava de acordo com a vontade de Deus. O vinho usado como exemplo, tipifica o povo moabita, aparentando uma beleza externa. Quando fala de “descanso”, parece que o texto fala de uma coisa boa, mas se prestarmos bem atenção, logo veremos que não é nada de bom, pois a borra criada é resultado de falta de atividade, de disponibilidade, gerando uma má qualidade no próprio vinho.

Como não houve trabalho, atividade, como Deus não enviou derramadores, Moabe estagnou-se, manteve suas borras, continuou parado, descansando sobre as suas impurezas. Embora alguns aparentem que tudo está bem, bastar Deus dar uma sacudidela e a borra aparecerá em grande quantidade. Conhecemos muita gente assim: são muito serenos enquanto ninguém toca neles, mas mexa com eles para ver quanta borra está ali escondida!

É normal que no começo da vida cristã as pessoas se mostrem sem objetivos, mas continuar assim depois de dez anos, já passa a ser preocupante! Não é da vontade de Deus que permaneçamos descansados, sentados sobre os nossos defeitos! É preciso que haja transformação de vida em todo o nosso modo de viver, pois rotina não combina com vida espiritual. Se éramos acostumados a fofocas quando conhecemos a Jesus, e depois de vários anos de convivência com Deus continuarmos com essa prática, isso é borra na tua vida, meu irmão! Uma boca que não consegue glorificar a Deus, jamais conseguirá profetizar as coisas de Deus, jamais conseguirá falar das coisas divinas. Isaías, por exemplo, antes de se transformar no grande profetas que foi, teve seus lábios queimados por brasas do altar. Tinha lábios impuros, dizem as Escrituras, mas transformou-se num profeta de Deus


Tudo contribui para o bem


Interrompemos um pouco, agora, essa linha de pensamento de Jeremias, para podermos entrar no texto de Romanos: quando o lemos, destacamos a expressão todas as coisas, que significa a totalidade de todos os acontecimentos na vida de uma pessoa com Deus. Tudo que possa nos acontecer, de uma maneira ou de outra, concorrem, contribuem para o nosso bem.

A mente humana tem a tentação de classificar algumas coisas que acontecem à sua volta, mas se você realmente ama a Deus, entenderá que todas as coisas em que você está pensando agora, estão contribuindo para o seu bem, mesmo aquelas coisas difíceis de compreender, que não têm explicação humana, aquela circunstância difícil, em que você olha para um lado, para o outro, e se pergunta como pode aquilo estar lhe acontecendo.

É assim que funciona! Se você ama a Deus, se você crê em Deus e nas Suas verdades, a Palavra vai se cumprir, essas coisas terão que acontecer, e você terá que possuir paciência e resignação para enfrentar esse duro período. O grande problema é que você não tem essa visão, vive lutando com Deus, reclamando, não conseguindo ver lógica, sob o prisma humano, nos acontecimentos da vida! É mente humana tentando entender os desígnios de Deus. E isso não é possível!

A expressão todas as coisas inclui coisas boas, coisas razoáveis e também coisas más. Inclui a totalidade dos acontecimentos da vida daqueles que amam a Deus. Aqui se incluem os problemas com filhos, esposa, desemprego, etc. E lá vem a pergunta: “Por que comigo ?” É Deus trabalhando! Acredite nisso! Acostume-se a essa realidade!

Acreditamos que essas palavras estejam sendo dirigidas à Igreja do Deus Vivo, às almas redimidas, aquelas que foram compradas pelo sangue de Jesus, e não para os pecadores, que desconhecem a vontade de Deus. Estamos falando para as almas que receberam o perdão pelos seus pecados, um dia. É para esse povo, que tem o seu nome escrito no Livro da Vida, e que um dia verá a glória de Deus, que falamos neste momento.

Todas as coisas que estão acontecendo tem um motivo. Não lute contra Deus! Tenha paciência, pois daqui a pouco tempo Deus abrirá as janelas do céu para você, e tudo isso se dissipará! Deus está apenas querendo destruir maus hábitos antigos na tua vida, coisas distorcidas, tendências maléficas provenientes do teu passado. São fardos do Egito, se pensarmos no povo de Israel, os quais queriam arrastar consigo os resíduos de um tempo de ignorância, quando viviam no meio de incrédulos.

Deus pode destruir essas deformações, pois precisamos ter a formação do Senhor, precisamos cultivar em nós o caráter de Cristo. Essa carne caída tem que se desfazer, hoje, se for possível! Deus vai trabalhar na tua vida até que você perca essa mania de mentir no emprego e até na Igreja! De nada adiantam as aflições, as pergunta de “por quê”. Não lute contra Deus! Submeta-se! Deus quer te mudar, renovar hábitos antigos, o linguajar mundano que persiste em você.

Tem gente gritando “Aleluia!” na igreja, e no dia seguinte está contando piadinhas sujas para os seus colegas de trabalho. Deus costuma permitir esses momentos de lutas para que consigamos enxergar o problema grandioso que se aloja dentro de nós! A mentira, por exemplo, é a filha mais velha de Satanás! Ele mente desde o princípio de todas as coisas. E a gente procura imitá-lo! Nessas horas, as portas se fecham, não entendemos mais nada e começamos a lutar contra Deus, a reclamar a nos lamuriar. Deus não vai conviver conosco em meio a mentiras!


A tribulação usada como instrumento


Agora, podemos votar ao texto de Jeremias, constatando que este é o caso dos moabitas. O texto diz que eles estavam vivendo uma realidade em que não podiam manifestar a graça de Deus nas suas vidas. Veja bem que os moabitas eram da linhagem de Abraão, ligados à árvore genealógica do Povo de Deus, mas estavam se misturando às suas borras, uma postura que não combina com a sua descendência espiritual. A mão de Deus precisava intervir e mudar a situação.

Precisamos entender que se as coisas ruins não acontecerem na nossa vida, não teremos oportunidade de nos purificar. Moabe não saiu do lugar, nem levado cativo. Se fosse, pelo menos aprenderia muita coisa, com o sofrimento do cativeiro. Tudo ali estava no mesmo, desde o início. Moabe não foi passado de vasilha para vasilha, não se aperfeiçoou.

Não adianta termos cinqüenta anos de fé, se não conseguimos nos levantar da borra em que estamos instalados confortavelmente! Deus quer qualidade e não borra! Deus quer nos sacudir até que saia de nós o cheiro característico da estagnação e apareça, no lugar, o cheiro de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este processo de transferir de vaso para vaso é muito bom, é um tratamento muito saudável e purificador, transformando-se numa experiência para melhor. Você pode, por exemplo, ter que sair de perto de seu pai, da sua mãe, iniciar vida nova no meio de estranhos, mas isso não deverá lhe trazer medo, pois será apenas uma mudança de vaso, um remexer naquilo que não pode ficar parado.


A necessidade de derramadores


Deus diz, no texto, que mandará derramadores com passos apressados, para que a borra saia para sempre. De repente, você se vê diante de um problema, não entende mais nada, como uma filha que tenha se comportado mal, lhe envergonhado, etc... É Deus te mudando de vaso! O melhor remédio é perdoar a filha, colocar o problema nas mãos de Deus. Nunca se pode esquecer a mensagem do nosso segundo texto: “Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.”

Lendo o capítulo 48 de Gênesis, vemos o exemplo de Jacó, que luta com Deus até às portas da eternidade. Ninguém teve cheiro pior do que Jacó, desde a sua infância. Sempre foi astuto, oportunista, sempre conseguia vantagem em tudo. Jacó, originalmente, quer dizer “enganador”. Veja que ele enganou a seu irmão Esaú e a seu pai Isaque, no leito de morte.

Jacó tentou negociar até com Deus! Quando teve a revelação divina, vendo em sonhos aquela escada

cheia de anjos, e que todas aquelas terras seriam dele, propôs a Deus que o ajudasse em troca dos seus dízimos. Não contribuiria pelo prazer de dar, mas como uma lucrativa alternativa de negócios! Queria “ajeitar” o seu futuro com as bênçãos de Deus! Se Deus não lhe abençoasse, continuaria sentado sobre suas borras !

Continuando na leitura do capítulo 48 de Gênesis, podemos ver a mudança na vida de Jacó, pois depois de um período inteiro de tratamento, vem a transformação. O último golpe na sua vida, foi a notícia da suposta morte do seu querido filho José (capítulo 37), que na verdade fora vendido como escravo, pelos seus irmãos invejosos. Tudo foi ocasionado pela inveja, e isso é borra ! Você não pode ter isso na sua vida ! Jacó chorou dias e dias, dizendo não haver consolo para sua dor, e que desceria à sepultura carregando essa dor no coração.

Parece impossível que Deus tenha usado a perversidade dos filhos de Jacó para poder trabalhar na sua vida, mas foi isso mesmo! Deus trabalha duro no coração que é duro! Deus estava determinado a transformar o Jacó enganador num Israel, o pai das doze tribos do Povo de Deus.

O mesmo capítulo 48 registra a morte desse homem que fora mau, mas que se transformara numa pessoa gentil. Pôde pôr seus pés fora da cama, pouco antes de morrer e glorificar o nome do Senhor. Foi humilde depois da transformação, suplicando pelo perdão do seu filho, transformado no segundo homem mais forte do Egito.

Deus foi misericordioso com Jacó, pois transformara-se num homem abençoado, diante da morte. Até Faraó, o dono do mundo da época, foi buscar uma bênção, no leito de morte de Jacó. Ele profetizou mais que seu pai Isaque e seu avô Abraão, morrendo transformado e abençoado. Sem borras !!! Deus pode libertar você dessas borras, dessa vida inferior, desse mau cheiro que você exala! Muitos de nós exalamos um cheiro que não agrada a ninguém. E somos filhos de Deus!

Deus quer mudar o perfume da tua vida. Você precisa chegar a um estágio em que, ao chegar num lugar, influencia para o bem e não para o mal. Deus quer eliminar essa borra e te transformar em algo mais puro. Deus quer mudar o teu caráter, a tua natureza! Deus quer fazer Cristo transparecer na tua vida!

Identifique, agora, qual é o problema que está contigo, esse peso amarrado ao teu pescoço! Chega de queixa, fofoca, orgulho...! Liberte-se dessas borras! Liberte-se dessas borras ! Deixe de ser Jacó e transforme-se num Israel ! Se você se identifica com a graça de Deus, peça-Lhe perdão pela borra que atrasa a sua purificação; peça a Deus que tire essa coisa nociva que o acompanha há anos! Peça libertação ! Peça uma vida cristã em plenitude !

O fato de Deus mandar derramadores é uma coisa boa na nossa vida, pois enquanto Deus está nos mudando, coisas boas vão se desprendendo das coisas más, que o marasmo e a acomodação se encarregaram de unir numa massa improdutiva. Sai o vinho de um vaso para outro e deixa para trás as borras que vinham se incorporando ao seu sabor final e ao seu perfume. Deus está querendo modificar o teu aroma e o teu sabor. No verso 11 Jeremias fala de aroma e sabor. Pelo fato do vinho estar parado, descansando, sem que ninguém o toque, o aroma e o sabor não sofrem qualquer tipo de alteração. É a mesma situação de Moabe: nada lhe acontecia!


Sabor


Sabor fala de qualidade, pois nada é ingerido se não possuir a soma de um conjunto de ingredientes e requisitos. Se nos compararmos ao vinho, meus irmãos, o nosso caráter representará o sabor. Deus muitas vezes mexe com nossa vida, para modificar o nosso caráter, que é o sabor da nossa individualidade.

Na maioria das vezes que Deus quer mexer no nosso caráter, no nosso sabor, Ele manda derramadores que restringirão a nossa liberdade. Quando Deus patrocina mudanças no nosso ambiente, Ele está mexendo no nosso caráter, corrigindo-o. Sabor fala de caráter, não se esqueça!


Aroma


Aroma, por sua vez, faz de expressão. Quando você vê os desenhos animados, os autores materializam o aroma, o cheiro das coisas, como se fosse uma fumacinha que se encaminha para o ar. Um bom caráter expressa um bom aroma; um mau caráter expressa mau cheiro, sem dúvida.

Apesar do cheiro e sabor parecerem a mesma coisa, não é assim. O sabor é que determina o aroma. Você sabia que existem cozinheiros que sabem que o feijão está com pouco sal, apenas pelo cheiro ? Parece impossível, mas se pensarmos que o cheiro é determinado pelo sabor, a coisa deixa de ser tão estranha. O cheiro é a expressão, é aquilo que sai, que vem, que comunica.

Espiritualmente, o que seria o cheiro, ou o aroma ? São as nossas palavras, a nossa presença, nossos gestos, nosso caminhar, tudo aquilo que exterioriza o nosso ser. Tem pessoa que anda acabrunhada, ombros caídos, semblante entristecido... Outras, ao contrário, têm brilho no rosto, cabeça levantada, sorriso constante... São os seus aromas mostrando o que têm por dentro.

“Eis que enviarei derramadores...”, diz o Senhor. Hoje estamos num lugar, amanhã estaremos em outro... Deus vai mexendo com o nosso sabor, vai aperfeiçoando, vai restringindo a nossa liberdade, até que o nosso aroma se assemelhe ao aroma que exala de Cristo.

Houve uma época da minha vida onde Deus teve que restringir a minha liberdade, mexer o meu caráter, pois algo não ia bem: eu fazia minha própria escala de valores. Como resultado, Deus me tirou do púlpito por onze meses, tratou do meu caráter nesse período, modificando o meu sabor naquilo em que eu estava errado. E o meu aroma, a partir daí, passou a ser outro! Passei a exalar um perfume melhor; as coisas de Deus que eu falava passaram a despertar apetite nos outros. Meu sabor adaptou-se à vontade de Deus, e meu aroma passou a transmitir Deus para os outros.

Você sabe do que estou falando! Não existem pessoas que tornam agradável permanecermos junto delas ? Exteriorizam alegria, paz, sabedoria... É aroma, é expressão de Deus na suas vidas! Essas pessoas foram trabalhadas por Deus! Todo aroma que transmitimos é resultado do trabalho de Deus na nossa vida.

Diz nosso texto que o Senhor vai mandar derramadores, que farão Moabe andar a grandes passos, despejando seus vasos e rompendo seus odres. Esse trabalho de operação de Deus no nosso caráter pode quebrar, pode romper coisas! Essa operação pode ser dolorosa! Odre, para quem não sabe, é o recipiente onde se coloca o vinho, e os derramadores poderão vir com uma violência tão grande que os tais odres correrão o risco de se romper.

Muitas vezes o processo é doloroso, mas temos que entender que é Deus fazendo essa obra, mudando o nosso interior, para que nos tornemos, mais tarde, em pessoas de expressão agradável, que venham a despertar nos outros um apetite pelas coisas de Deus. É incrível quando uma pessoa está a falar das coisas de Deus e os ouvintes não se sentem despertados! É a expressão que está errada! O aroma não está bom, não está agradando, resultado de sabor que não está no ponto.

A coisa é simples, mas requer disponibilidade. O sabor está sem sal, e o aroma, por conseguinte, não é bom. Quando o caráter está errado, a Palavra não reflete nada de confiável. As pessoas ouvem, podem até gostar, mas não se convencem, não mudarão de atitudes.


Conclusão


Que Deus investigue a nossa vida! Que Deus persista em trabalhar conosco! Que haja derramadores constantes no nosso dia-a-dia! Que nosso caráter possa ser trabalhado, aprimorado e como resultado passemos a exalar o perfume de Cristo! Que passemos a despertar o apetite espiritual nos outros!

Essa é a fórmula mágica que Deus criou, para que sejamos uma bênção onde quer que estejamos, e se cumpra todas as promessas das Escrituras nas nossas vidas.