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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A ARCA DA ALIANÇA



Muito se discute sobre a
Arca. Alguns dizem que foi destruída no incêndio do templo,
outros afirmam estar numa igreja localizada numa ilha em um lago
na Etiópia e alguns acreditam estar escondida em algum monte em
Israel, possivelmente o Nebo (no livro apócrifo II Macabeus 2.2-8).
No entanto, uma outra história ocorreu em Jerusalém às 14:15h
do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do
local da crucificação, no Calvário, e esta realmente com base
bíblica e fundamento histórico. Passados cerca de 17 anos, foi
revelado a
nível internacional
um fato mantido em segredo a pedido das autoridades judaicas em
1982, sendo divulgado naquela época apenas nos EUA.



Como é
a Arca



Desejada por estadistas da antigüidade
como símbolo de poder, a Arca foi tema de "Os Caçadores da
Arca Perdida", o primeiro filme da série Indiana Jones,
filmado apenas alguns meses antes da real descoberta. Porém, é
completamente diferente daquela apresentada no filme.



Em Êxodo 25.10-22 e 37.1-9 está
a descrição completa da Arca da Aliança e da sua tampa,
chamada de propiciatório ou "assento de misericórdia".



É uma caixa de madeira de acácia
coberta com ouro com aproximadamente 130 centímetros de
comprimento e 80 centímetros de largura e altura, aberta apenas
na parte superior. Para transportá-la, foram colocadas 4
argolas, uma em cada canto (parte inferior) e 2 varais de madeira
de acácia cobertos com ouro passados por dentro das argolas.



A tampa, chamada de propiciatório,
é totalmente feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura
da Arca. Em cada lado, nas extremidades, há um querubim feito de
ouro batido de forma que ambos e o propiciatório formam um só
objeto. As asas de cada querubim passam por cima do propiciatório e as suas faces, em cada extremidade, estão de frente olhando
para o propiciatório. Moisés ouvia a voz de Deus vinda de uma
nuvem que aparecia sobre o propiciatório (Levítico 16.2 e Números
7.89).



Nota-se que na arca do filme, as
posições das argolas e dos querubins ajoelhados são bem
diferentes da descrição bíblica!



A arca de "Os Caçadores da
Arca Perdida"





A Arca
no Templo e o seu desaparecimento



No Antigo Testamento, no capítulo
35 de II Crônicas a Arca da Aliança é mencionada pela última
vez. Era por volta do ano 621 AC, 35 anos antes da invasão e
destruição de Jerusalém em 586 AC pelos babilônios sob o
comando do rei Nabucodonosor. Como o templo foi completamente
destruído, não havia razão para crer que a Arca havia sido
retirada antes. No entanto, em II Reis 24.13, 25.13-18 e Jeremias
52.17-23 está descrito em detalhes os artigos que os babilônios
levaram da casa do rei Zedequias e do templo. As listas incluíam
panelas e outros objetos menores que eram usados no templo, mas o
mais valioso e mais significante de toda a mobília, a Arca da
Aliança, não foi mencionado! Anos mais tarde, milhares de objetos foram devolvidos para serem colocados no novo
templo (Esdras 1.7-11 e 6.5) e a Arca também não estava na lista. Tudo isto sugere que ela não foi
levada para a Babilônia, tendo que ter sido retirada do templo
entre os anos 621 e 586 AC.



O apócrifo Livro de Baruque tem
uma segunda parte onde ele, criado de Jeremias, vê 4 anjos se
levantando da cidade e em seguida um outro anjo que desce do céu
dizendo que Deus o enviou para avisar que a Arca e os tesouros
santos ficariam escondidos sob a terra até o último tempo do
domínio dos gentios (estrangeiros) sobre Jerusalém, de forma
que os inimigos de Israel nunca os achariam, sendo
recuperados ao término desse tempo quando Jerusalém fosse
restabelecida totalmente das mãos dos gentios (II Baruque 6.4-10).
Ou seja, no futuro, após o domínio de 42 meses do anticristo, a Arca será
retirada e colocada no Templo Celestial (Apocalipse 11.19). Com o
passar dos séculos se cumpriram as palavras do profeta Jeremias
sobre a Arca: O povo judeu a esqueceu, nunca mais se interessou
por ela e a Nova Aliança, o Senhor Jesus sentado no Trono, a substituirá no Novo
Templo do Reino de Deus (Jeremias 3.16-17).



Há vários registros e histórias
diferentes relativas ao destino da Arca. A maioria foi escrita
muito tempo depois da Arca desaparecer e a maior parte baseada não
nas Escrituras Sagradas ou em pergaminhos históricos mas em
lendas. Alguma dessas histórias poderá ser usada futuramente
pelo anticristo para enganar os judeus podendo até lhes
apresentar uma réplica da Arca (existem algumas na Etiópia)
como sendo a verdadeira, colocando-se como o substituto da velha
aliança.



A invasão da cidade



"E sucedeu que, ao
nono ano do seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém com todo
o seu exército, e se acampou contra ela;
levantaram
contra ela tranqueiras em redor
. E a cidade
ficou sitiada
até o décimo primeiro ano do
rei Zedequias. Aos nove
do quarto mês, a cidade se via tão apertada pela fome que não
havia mais pão para o povo da terra. Então a cidade foi
arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo
caminho
da porta entre os dois muros
, a qual estava
junto ao
jardim do rei (porque
os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo
caminho da Campina."
II Reis 25.1-4



As tranqueiras eram comumente
usadas na antiguidade para render os habitantes da cidade sitiada
impedindo a entrada de alimentos. Eram construídas a uma
determinada distância (300 metros ou mais) para a própria
segurança dos invasores principalmente no caso de haver
necessidade de incendiar a cidade.



O cerco durou aproximadamente um
ano antes da cidade ser finalmente invadida. Zedequias (rei de
Judá) e os soldados judeus fugiram por um caminho que passava
entre os muros sendo que o rei foi perseguido e alcançado nas
campinas de Jericó, mas os soldados escaparam. Isto foi no dia 9
de Av no calendário judeu.



A História
Completa da Descoberta



Em 1978, após descobrir algumas
rodas dos carros egípcios no Mar Vermelho, o arqueólogo Ronald
Wyatt retornou a Jerusalém em decorrência das fortes
queimaduras de sol que adquiriu na praia de Nuweiba, no Egito.
Hospedado em um hotel e desapontado com o cancelamento da expedição,
Wyatt descansava suas pernas inchadas pelas queimaduras até
quando teve condições de caminhar pela vizinhança do muro
norte da cidade velha.



Enquanto conversava com um
profissional em antigüidades romanas, pararam em uma pedreira
antiga conhecida como "Escarpa do Calvário", e apontou
para um local que é usado para entulhar lixo. Repentinamente
disse: "Esta é a Gruta de Jeremias e a Arca da Aliança está
lá". Wyatt, que nunca se interessou pela procura da Arca,
espantou-se com as suas próprias palavras! O homem que o
acompanhava ficou entusiasmado prometendo-lhe obter permissão
por escrito para escavar e, além disso, receber hospedagem e
comida gratuitamente. Mas ele recusou temporariamente a oferta
retornando para sua casa no Tennessee, EUA, iniciando um sério
estudo sobre o maior tesouro da antigüidade.



Estudo sobre o destino
da Arca



Wyatt tirou várias conclusões:
A Arca não poderia ter sido levada para a Babilônia, de acordo
com as referências bíblicas. Deveria ter sido escondida algum
dia entre o ano 621 (18º ano do reinado de Josias) e 586 AC,
quando os babilônios invadiram a cidade e o templo foi destruído.
Finalmente, a Arca deveria ter sido escondida entre as
tranqueiras babilônias e o muro da cidade pois ninguém em
Jerusalém pôde sair, considerando que a cidade havia sido
totalmente destruída e que era altamente improvável que a Arca
estivesse escondida nela. Todos estes pontos emparelharam
perfeitamente com a área que Wyatt havia apontado e identificado
como sendo a Gruta de Jeremias. O lugar estava exatamente entre o
muro e as tranqueiras. Isto era o suficiente para ele voltar a
Jerusalém e iniciar a escavação.



Localização da Arca durante o
cerco babilônio



Nova permissão para
escavar



Em Jerusalém, Wyatt logo
descobriu que não era tão fácil obter uma licença para
escavar. O profissional de antigüidades romanas que havia lhe
prometido a permissão por escrito, não pôde fazer assim. Wyatt
tinha trabalhado por muitos anos em vários locais arqueológicos
mas tudo feito reservadamente pois ele não era um arqueólogo
profissional e isto dificultou a situação. Ele pediu uma licença
e esperou três longas semanas. Enquanto isso, ele e sua pequena
equipe viajaram para Ashkelon na costa oeste de Israel.



Enquanto nadavam no Mar Mediterrâneo,
Wyatt esbarrou com os pés em algo na água. Ao verificar o que
era, achou uma antiga e grande panela de pedra e continuando a
observar na área descobriu vários destes jarros. Cada um estava
cuidadosamente lacrado mantendo o seu interior intacto. Quebrando
um dos jarros, achou restos de ossos humanos. Ficou evidente que
eram panelas ossuárias antigas.



Wyatt as entregou imediatamente
ao pessoal do Departamento de Antigüidades que ficou grandemente
entusiasmado ao identificá-las como panelas ossuárias Canaãnitas!
Um outro arqueólogo já as tinha procurado anteriormente em toda
a praia porém sem sucesso. Ninguém pensou em procurá-las por
alguns metros dentro do mar!



Para Wyatt estes achados não
eram tão significantes quanto as outras descobertas que ele
havia feito, mas como resultado deste achado foi-lhe concedido
imediatamente uma licença para escavar em Jerusalém. Sem dúvida,
foi uma providência divina! Ainda mais que algumas resoluções da ONU proibiam
escavações arqueológicas em territórios ocupados por israelenses desde 1967.



O local da escavação



Os 3 dos mais famosos montes na área de
Jerusalém são Sião, Moriá e o monte das Oliveiras. Embora
seja construída sobre o Sião e o Moriá, a cidade velha
normalmente é referida na Bíblia como "Sião".



Os montes onde a velha Jerusalém
foi edificada.



O Moriá foi o local onde Davi ergueu um altar
depois de ver o anjo que se levantava pronto para destruir a
cidade e onde Salomão construiu o templo. De acordo com o livro
de Gênesis havia outro evento significante e histórico que
acontecera ali: o sacrifício de Isaque, que foi substituído
por um carneiro.



Hoje o grande Domo da Rocha está neste local
onde o primeiro e o segundo templos estavam anteriormente, onde
Abraão tinha erguido um altar para sacrificar Isaque. Com grande
alívio ele descobriu que não era o seu filho o escolhido para
morrer pela humanidade e além disso, neste mesmo monte, Deus
proveria o verdadeiro sacrifício (Gênesis 22.14).



No lado leste, sul e oeste de Jerusalém há
vales fundos que proporcionaram excelente proteção para a
cidade contra ataques inimigos. A parte norte era muito vulnerável.
Uma parte do Moriá foi cortada para que os inimigos não
atacassem pelo muro norte ao nível do solo. Esta parte também
foi usada como pedreira e o primeiro livro de Reis relata que
Salomão usou pedras de uma pedreira para construir o Primeiro
Templo e provavelmente próxima. A parte norte do Monte Moriá está
separado da cidade e ficou conhecida como "Monte da Caveira" (Monte Calvário) por causa da face do
precipício chamada de "Escarpa do Calvário" que fica de frente para o muro norte. A área na frente da
escarpa é a que Wyatt
identificou estar a gruta de Jeremias.



Localização da "Escarpa
do Calvário" em frente ao muro norte



Durante anos Jerusalém foi destruída e
reconstruída. Era normal construir a cidade nova sobre os restos
da velha. Por isso hoje há restos de várias cidades, um em cima
do outro, na mesma área. Assim, para localizar o nível do solo
original nesta região do Moriá ele teve que cavar diretamente
para baixo pelo lado da face do precipício.



O primeiro problema



Era janeiro de 1979 e havia nevado um pouco na
área revirando a lama. Além disto, o local estava cheio de lixo
e emanava um odor terrível que incomodou-lhes muito no início
da escavação. Em pouco tempo descobriram que o local tinha uma
enorme pedra subterrânea com um pedaço que saía do monte
dificultando a escavação para baixo. A equipe era composta por
apenas 3 pessoas na época, Ronald Wyatt e seus dois filhos Danny
e Ronny que já tinham-no acompanhado anteriormente em várias
viagens arqueológicas. Por causa da grande pedra eles decidiram
começar cavando alguns metros à direita.



Entrada da escavação



O local da crucificação no Gólgota



A forma de crânio na escarpa levou muitos a
crerem que esta parte separada do monte Moriá seria o lugar onde
Jesus foi crucificado. O local de crucificação era fora dos
muros da cidade e era chamado "O Lugar da Caveira" ou Gólgota
(Mateus 27.33, Marcos 15.22, Lucas 23.33 e João 19.17). A Bíblia não menciona "um Monte
Calvário"
mas "Lugar da Caveira". Até hoje a forma enorme de um crânio pode ser
vista na face sul da escarpa, embora a face do precipício tenha
ganho pouco interesse antes do 18º século. Atualmente há um
terminal rodoviário no local da escavação. Abaixo, fotos de 1870 até 2003.



A face do precipício: "Gólgota" (em aramaico),
"Caveira" (em grego) ou
"Calvário" (em latim)




Os olhos, o nariz e a boca da
caveira



Na década de 80



Em meados dos anos 90



Em 2003 durante a construção do terminal
rodoviário



O "Lugar da Caveira" visto do Muro
Norte de onde a crucificação podia ser observada



Otto Thenius, um alemão, chegou à conclusão
em 1842, que este era o local da crucificação. Também houve várias
visitas dos americanos que tiveram a mesma conclusão: Rufus
Anderson (1845), Fisher Howe (1853), Charles Robinson (1867) e
Selah Merill (1845) junto com o inglês Henry Tristam (1858) e o
famoso francês Ernest Renan, autor de "Vie de Jèsus"
(1863) ("The Weekend That Changed the World",
Peter Walker, 1999, página 113).



Esta escarpa está próxima ao Portão de
Damasco que era o principal para entrar e sair da cidade onde
havia uma estrada movimentada no tempo de Jesus. Marco Fabio Quintiliano, professor de Latim e escritor romano, registrou que
crucificavam criminosos próximo das estradas para que muitos,
por causa daquele castigo, temessem a prática do crime. Segundo
os judeus de Sefardic este precipício também foi um local de
apedrejamento, também conhecido como Mishnah.



Em Gênesis 22.14 também afirma que no monte
Moriá Deus proveria o sacrifício do verdadeiro cordeiro, o
Messias. Este precipício está na parte norte do monte.



A Tumba de Jesus



"No lugar onde
Jesus foi crucificado
havia um jardim, e
nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido
posto."
João 19.41



Realmente há uma tumba, descoberta em 1857, no
lado ocidental da escarpa, aproximadamente 200 metros da face do
precipício e é exatamente como está definida em Lucas 23.53. A
Inglaterra comprou a área que até hoje pertence a uma associação
inglesa. Também no local foram descobertas várias cisternas de
água onde a maior tem aproximadamente 900 mil litros. Em 1942
foi descoberto um lagar antigo, evidenciando que já houve uma
vinha ali. Wyatt iniciou as escavações na região entre a face
do precipício e a tumba.





Vista aérea do local



Os Nichos



Wyatt e seus dois filhos começaram cavando
diretamente para baixo da face do precipício, paralela a esta.
Ao mesmo tempo que removiam vários baldes de pedra e terra eles
tiveram que seguir as exigências do Departamento de Antigüidades
peneirando tudo para não perder qualquer tipo de artefato. Como
eles cavaram para baixo, encontraram 3 nichos cortados como
"estantes" na parede do precipício. Alguns arqueólogos
já haviam descoberto nichos romanos semelhantes, assim Wyatt
reconheceu imediatamente para que serviram.



Os nichos ficam abaixo da "boca da caveira"





Nos tempos romanos era comum usar nichos para
apoiar grandes placas sinalizadoras. As placas eram feitas de tábuas
de madeira cobertas com gesso e eram usadas para fazer notificações.
Como estes nichos estavam na parede do precipício e Jesus havia
sido executado no estilo romano, era extremamente provável que
os 3 nichos foram usados para apoiar cada uma das 3 placas da
acusação escritas em três idiomas diferentes (João 19.19-20).
Wyatt suspeitou que os 3 nichos descobertos eram seguramente das
placas romanas que identificavam "o criminoso". As suas
conclusões seriam confirmadas a seguir.



Uso dos 3 nichos
para fixar as placas



Simulação no local no tempo das escavações




O placa mais alta foi fixada abaixo da
"boca" da caveira.



A Cisterna



As paredes do local onde estavam escavando começaram
a parecer instáveis assim passaram a escavar no local onde Wyatt
havia apontado primeiramente. Ele achou que havia bastante espaço
para cavar atrás da pedra subterrânea que anteriormente foi um
obstáculo, assim começou a escavar entre a pedra e a parede do
precipício. Agora a pedra formava um "teto" semelhante
a uma marquise.





A uns 11,5 metros abaixo do nível do solo
encontraram o antigo chão do local, o ponto mais baixo. Depois
de remover cuidadosamente os escombros, eles acharam uma câmara
com um diâmetro de aproximadamente 4,5 metros. Havia degraus em
espiral na parede e mais acima um buraco. Era a evidência que a
câmara deve ter sido transformada em uma cisterna. No buraco
teria uma corda que desceria um balde para coletar água ou
talvez grãos.





Ao cinzelar através do emboço usado como
enchimento para moldar a cisterna, ele achou vários fragmentos
de cerâmica e os levou até as duas casas de antigüidades da
cidade para avaliação. Nelas o informaram que alguns datavam do
tempo dos Jebusitas, antes de David ter tomado Sião e declarado
Jerusalém a capital de Israel, mas as amostras mais recentes
eram do período romano. Assim a câmara deve ter sido emboçada
e transformada durante a era romana.



O local de apedrejamento



Com o achado dos fragmentos de cerâmica e das
moedas, conseguiram então encontrar o nível do solo da época.
Neste momento eles começaram a cavar horizontalmente um túnel
ao longo da parede do precipício, até o local onde eles tinham
iniciado as escavações. O propósito era achar uma entrada de
uma caverna ou escavar até a parte subterrânea da face do
precipício. Mas o que eles encontraram foi a evidência da violência
que era cometida ali. Um metro acima da extremidade da cisterna
terminava a fundação. Cavando diretamente um metro abaixo,
Wyatt achou várias pedras do tamanho de um punho, e entre elas
achou também ossos humanos, particularmente ossos de dedo. As
muitas pedras incomuns e ossos espalhados mostraram claramente
que o local não foi uma sepultura, e concluiu que poderia ter
sido o local de apedrejamento descrito no livro de Atos 7.57-58,
onde descreve o apedrejamento de Estevão.



O buraco da cruz



Wyatt continuou escavando em direção ao local
inicial da escavação quando encontrou a fundação de uma
edificação antiga, presa à face do precipício. Era uma pedra
lisa prolongada de uma das paredes parecendo um altar. Alguém
poderia tê-la usado como um "memorial", mas para quê?
Havia pouco espaço na frente da pedra horizontal e Wyatt notara
que estava coberta com calcário. Era tão incomum e tão simétrica
que certamente fora cortada pelo homem e Wyatt a inspecionou
mais intimamente. Erguendo-a ficou surpreso ao descobrir que
estava cobrindo um buraco quadrado cinzelado na base da pedra. O
lugar parecia ter estado intacto por vários anos e havia muita
sujeira e escombros ao redor que escondiam o buraco. Ao remover
tudo isso, viu uma rachadura no chão saindo daquele buraco. Era
uma plataforma, como uma borda, estendida dois metros e meio na
frente da face do precipício e era nesta borda que o buraco
quadrado fora cinzelado. Na área da frente da borda ele achou
outros três furos quadrados cinzelados no chão de pedra da
mesma maneira como o primeiro. Os lados dos buracos tinham
aproximadamente 30 a 33 centímetros. As medidas de Wyatt mostraram
que o primeiro buraco com a rachadura localizava-se 4,2 metros
diretamente abaixo dos três nichos. A sua teoria de que estes
nichos poderiam ter sido usados para sustentar placas que
descreviam a natureza do crime era agora confirmado pela localização
dos buracos. Eram nitidamente buracos de cruz. As circunstâncias
que levaram Wyatt a começar cavando ali e a sua confiança de
que Deus estava lhe dando uma direção, o fez crer que o
primeiro buraco com a rachadura poderia muito bem ter fixado a
cruz de Cristo.





Mas não foi só isso que o levou a esta
conclusão. A fundação da estrutura indicava que a área
inteira havia sido coberta em um certo tempo. Poderiam cristãos
terem erguido uma edificação ali em memória do que havia
acontecido? O modo com que a estrutura foi construída ao redor
do buraco e alguém ter colocado uma pedra em cima do buraco
quadrado, fortalecia a sua convicção de que aquele era o buraco
que de fato fixou a cruz de Jesus. A rachadura do buraco da cruz
era típica de um terremoto. Não haviam marcas que
caracterizasse o uso de martelo ou cinzela, então tinha que ter
sido natural. Mateus afirmou que houve um terremoto quando Jesus
estava na cruz: "... a terra tremeu, fenderam-se as rochas;"
(Mateus 27.51). O buraco tinha uma profundidade de 59 centímetros.
A rachadura do buraco era ainda mais profunda, mas naquele
momento Wyatt ainda não havia medido a sua profundidade. Após
um ano ele descobriu que ela tinha aproximadamente 6 metros
abaixo do chão.



A fenda tem 6 metros de descida





Há diversas fendas de terremotos no Calvário




Datando a edifícação



Wyatt e sua equipe acharam moedas que
possibilitavam datar a edificação. Uma das moedas tinha a
inscrição de Tibério, imperador que governou Roma entre os
anos 14 e 37. Nenhuma moeda de datas anteriores foi achada, mas
haviam outras que datavam do ano 135. A partir destas evidências,
Wyatt calculou que a edificação foi erguida entre o tempo da
crucificação e o ano 135. O lugar foi construído provavelmente
depois que o imperador Tito destruiu Jerusalém em 70. Desde o
tempo da crucificação até a destruição da cidade, este local
provavelmente ainda estava sendo usado. No livro "Guerras
dos judeus", Livro V, Capítulo XI, parágrafo I do
historiador Josefus, é narrado que cerca de 500 homens foram
crucificados diariamente em Jerusalém no período de Tito. Isto
teria tornado quase impossível para os cristãos construírem
qualquer memorial no local até então. Quando Jerusalém foi
totalmente destruída pelos romanos em 70, a crucificação em
massa terminou, e a maioria dos judeus foram mortos ou vendidos
como escravos. A cidade que era tão magnífica, e que havia
experimentado sua segunda destruição por completo, foi reduzida
a um acampamento romano. O segundo templo que tinha sido construído
no mesmo local do templo de Salomão ficou totalmente em ruínas
(Mateus 24.1-2) e a mobília dourada foi roubada. Umas oitocentas
guarnições romanas ficaram estacionadas no acampamento para
assegurar que ninguém tentasse reconstruir a cidade novamente.
Os cristãos tinham sobrevivido à destruição de Jerusalém por
terem sido advertidos por Jesus, quando exatamente deveriam
deixar a cidade. Enquanto Jesus estava vivo, havia lhes contado
que a cidade seria destruída, e lhes deu um sinal que indicava
quando fugir e evitar a morte pela invasão do exército inimigo
(Lucas 19.43-44).



Quando o imperador romano Hadrian chegou para
reconstruir a cidade no ano 130, ele se mostrou tolerante para
com os cristãos. Aos judeus porém, não lhes foi permitido
pisar na cidade. O imperador chamou a nova cidade que construíra
de "Aelia Capitolina". Os judeus que voltaram para a Judéia se revoltaram contra ele, resultando na morte de meio milhão
de judeus. Como a moeda mais recente encontrada era do ano 135,
possivelmente os cristãos perceberam que era a chance de
levantar a edificação após a destruição de Jerusalém quando
o Cristianismo foi tolerado pelos romanos, que lhes permitiram
acessar essas áreas. A ausência de qualquer moeda com data após
135 indica que o local poderia ter sido abandonado nos anos
seguintes. A condição dos restos da edificação indicavam que
não foi destruída, mas abandonada e deteriorada naturalmente.
Com o passar dos anos a área foi coberta por terra e escombros.



A lápide



A construção era muito simples. Protraindo da
parede traseira estavam duas paredes externas perpendiculares.
Como eles continuaram cavando na procura da outra parede, acharam
uma pedra cortada de quase 60 centímetros de espessura. A maior
parte estava coberta por terra e escombros, mas uma seção
exposta apresentou-se arredondada, como um tampo de mesa redonda.
Como era enorme não tentaram descobri-la. Wyatt pensou se esta
seria a pedra que José de Arimatéia rolou para fechar a tumba
de Jesus (Mateus 27.59-60). A maior lápide encontrada por ele
tinha 1,7 metros de diâmetro, mas esta arredondada era muito
maior. Depois de alguns anos que ele descobriu, pela ajuda de um
radar, que a pedra tinha um diâmetro de um pouco mais de 4
metros. Como a pedra redonda foi posta dentro da antiga
estrutura, era provável que os cristãos que fizeram este
memorial, tinham incorporado outros objetos relativo a Jesus,
como parte da construção. Isto explicaria por que a pedra havia
sido levada para longe da tumba sendo colocada próxima dos
buracos das cruzes.





Porta da tumba e o chão onde rolava a pedra



A pedra circular rolava até tampar a porta da tumba


Simulação de como a pedra seria usada na época



Um Grande Sistema de Cavernas



Quase dois anos haviam se passado desde que
Wyatt e seus dois filhos começaram a escavar, e ainda não
tinham achado qualquer sistema de caverna ou túneis escondidos.
Embora Wyatt tivesse achado vários artefatos de grande significância,
não eram exatamente o que estava procurando: a Arca da Aliança.
O trabalho estava parado, havia gastos e tinha que continuar com a
escavação. Wyatt relata:



"Sabia que havia cavernas porque mel
de abelhas estava saindo das rachaduras, e elas voando para
dentro. Assim seus ninhos estariam lá. De qualquer modo, meu
filho mais jovem disse: 'Papai, você orou por isto?', respondi,
'Sim. Eu deveria ter orado com meus filhos'. Nós olhamos para trás
e vimos erros que cometemos, mas ele questionou: 'Oramos à noite
e pela manhã, mas deveria ter pedido direito.' De qualquer
maneira, ele disse: 'Você orou por isto?', e respondi, 'Sim'.
Ele disse: 'Você indicaria o que é melhor se fazer?'. Disse-lhe,
'Sim. eu suponho ter que penetrar direto naquele precipício'. E
ele disse, 'Bem, façamos isto'. E eu disse, 'De modo algum! Isso
é estupidez! Eu não vou fazer isso'. Assim trabalhamos durante
três ou quatro dias a mais e estávamos para partir no dia
seguinte. Meu filho mais velho estava triste comigo e estávamos
passando as ferramentas para meu filho mais novo guardá-las, e o
mais velho, que é uma pessoa bastante calada, disse-me: 'Papai,
você orou sobre isto?', respondi 'Certamente, eu orei'. Ele
disse: 'Bem?' eu disse, 'Fui orientado para quebrar naquele
precipício mesmo'. E ele disse, 'Bem, façamos!'. E eu disse, 'Não!
Isso é estupidez! Eu não baterei minha cabeça contra um
precipício!' Ele disse, 'Bem, papai, perdoe-me por falar assim,
mas eu o vi fazer coisas mais estúpidas!' Eu disse, 'OK... Diga
para Ronny devolver as ferramentas...'.







Agora se você olhar cuidadosamente verá
uma rachadura aqui mesmo. Não é muito mas é uma linha de falha
daquela rocha. Assim nos movemos uns 46 centímetros para este
lado, levamos nossos martelos e cinzéis e começamos marcando a
rocha para cima e para baixo, e para cima e para baixo.
Finalmente um grande pedaço grosso estourou para fora. Nós o
empurramos para o lado e olhamos o fundo. Havia um pequeno buraco
escuro sobre aquele pedaço retirado (Wyatt indica o pequeno
buraco com seus dedos). Não vi nada prometedor. Pedi ao meu
filho a lanterna, e sentamos onde eles poderiam ver. Dava em um túnel.
Assim coloquei a lanterna naquele buraco e havia uma grande câmara
de caverna. Não nos levou muito tempo para aumentar o buraco o
bastante para poder entrar. Pensei que a Arca da Aliança
estivesse ali mesma. Não estava... Assim, como tivemos que
partir na manhã seguinte, tampamos aquele buraco. Voltando para
o nível do solo, fechamos o buraco. Com tudo estando arrumado
ninguém poderia saber onde havíamos estado. Eu tive que ir para
casa, trabalhar e economizar mais um pouco e retornar..."
(Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, Dezembro de 1997)



A Chocante Descoberta



Na viagem seguinte, descobriram que esta
caverna conduzia a um outro sistema de cavernas e túneis muito
maior. Nem todos os túneis eram conectados um ao outro, e
gastaram várias horas cinzelando paredes de pedra encontrando
mais túneis e cavernas. Este sistema de caverna parecia
completamente intacto de mãos humanas. Era dezembro de 1981, o
inverno estava frio em Jerusalém, e Wyatt e seus dois filhos
ficaram doentes. Ele estava profundamente confiante que Deus o
permitiria achar a Arca naquela viagem. Ele havia recebido várias
respostas para a oração que o levava a esta conclusão, mas
agora por causa da doença, começaram a desanimar. Wyatt relata:



"Meus dois filhos tinham ficado muito
doentes em 1982. Eu enviei um deles para casa na véspera de
Natal, e o outro na véspera do ano novo. Eu devia 300 dólares
ao hotel, e não tinha dinheiro para nada. Havia um árabe que
nos deixou comer em seu restaurante. Aquela gente é humilhante
para mim. Havia coisas com as quais não me sentia confortável,
e estava experimentando várias delas naquela viagem. Eu decidi
que iria achar a Arca da Aliança ou morrer no buraco. Isso podia
parecer um pouco melodramático, mas estava humilhado. Não podia
pagar a conta do hotel, estando bastante 'morto' numa situação
como aquela...



De qualquer maneira, o pequeno árabe que
estava nos deixando comer no restaurante, era um homem adulto mas
tinha aproximadamente esta altura (disse apontando à altura do
seu tórax). Então, para nós, ele passaria pelo sistema de
caverna, rastejaria nas câmaras e lhe daríamos uma lanterna, e
ele iluminaria ao redor e espiaria para ver se parecia haver
alguma coisa lá. E assim nós o fizemos repetidas vezes e
chegamos a um outro buraco. Eu lhes digo que não acreditariam
por onde havíamos entrado naquela caverna. Quantos de vocês
alguma vez estiveram dentro de uma caverna grande com túneis e câmaras
e tudo o mais? OK, vocês sabem o que eu estou dizendo. Nós há
pouco tínhamos passado por toda parte daquele lugar, para cima,
abaixo, níveis diferentes, e neste momento nós tínhamos
abaixado aproximadamente 14 metros, e então voltamos para cima,
e este buraco estava na parede, sobre aquele grande ao redor (ele
faz um círculo de aproximadamente 20 cm com as mãos), e havia
uma estalactite pendurada no meio disto. Era a única estalactite
que tinha visto na caverna que não era esta pequena (ele mostra
com os dedos o tamanho de cerca de 10 cm). A outra era grande e
eu a tenho em minha coleção de objetos.



Assim eu a rompi, fiz um buraco grande o
bastante para ele entrar, e assim foi rastejando para dentro, e
lhe dei a lanterna para que ele pudesse fazer o mesmo que estávamos
fazendo há vários dias. Ele retornou apressadamente, os olhos
dele estavam tão arregalados quanto olhos humanos podem ficar e
disse, 'O que tem lá? O que tem lá? Eu não voltarei lá!' E
disse-lhe, 'Bem, o que viu?' Ele disse, 'Não vi nada' Então
pensei, 'Bem, OK. Agora entrou em lugares mais apertados e por
isso havia respondido daquele jeito'. Assim, eu peguei este
pequeno feixe de luz, e vocês sabem que é um lugar muito escuro
aqui, e pensei, 'Isso é um terror Divino', vocês sabem que isso
é um terror sobrenatural. Assim calculei que era aonde a Arca da Aliança está, ou o caminho para chegar até ela, um ou o outro.
E Deus não quer que este colega saiba onde está. De qualquer
maneira, ele há pouco disse, 'Tenho que sair daqui!', e saiu.
Assim aumentei o buraco o bastante para poder entrar, entrei lá
e, gente, estava cheio de pedras. Maior que estas aqui. Até a
altura de cerca de 45 cm do teto. Se este moço não tivesse
ficado aterrorizado e saído apressadamente como fez, eu não
teria entrado naquele lugar...





De qualquer maneira, com a lanterna
rastejei até lá, ao redor e por cima das pedras, e iluminei
para baixo entre as rachaduras da pedra, e nessa superfície
plana uma coisa dourada refletiu atrás de mim. Assim movi por
cima das pedras e iluminei para baixo por outra rachadura. Havia
duas reflexões, uma aqui, uma lá e uma em cima daqui. Assim
percebi que era uma superfície plana, parte superior dourada, e
pensei: 'A Arca da Aliança!'. Me esqueci dos querubins
assentados na parte de cima. Eles teriam sido empurrados para
cima através das pedras e das coisas, em cima do propiciatório.





Mas de qualquer maneira, eu comecei a mover
essas pedras, e as coloquei em qualquer lugar que pudesse. Me
abaixei até a superfície dourada que estava atrás dos meus
ombros, inclinada atrás deles. Era a Mesa dos Pães (Números 4.7)...
Mas de qualquer maneira, estava olhando para a Arca da Aliança.
Só a partir de então tive tempo para examinar cuidadosamente o
resto da câmara. Visto que apenas tinha rastejado até ali, dei
uma olhada e comecei a verificar debaixo das pedras. Então movi
a lanterna ao longo da parede, vi uma caixa de pedra colocada
contra a parede, com muito espaço entre ela e o teto. A tampa
estava quebrada, deslocada para o lado e diretamente acima dela
havia uma rachadura com uma substância marrom escura parecida
com a do fundo desta rachadura. E pude vê-la da parte superior
da tampa da caixa. Em ambos os lados dos pedaços quebrados havia
mais desta substância marrom escura
(silêncio, Wyatt chora).
De repente percebi que estava sentado em frente da Arca da Aliança
e o sangue de Cristo estava derramado sobre ela
(silêncio).
Nunca tinha ouvido alguém orar qualquer coisa sobre aquele tipo
de possibilidade, nunca. Era muito para mim. Quando recuperei a
consciência e olhei novamente para meu relógio, 45 minutos
tinham se passado desde que rastejei na câmara."
(Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, Dezembro de 1997).



As autoridades



A promessa que Wyatt acharia a Arca nesta
viagem foi cumprida, mas contudo não lhe foi permitido vê-la
totalmente, nem lhe foi possível retirar a Arca da caverna. Frustrado com isso, ele ouviu a voz de Deus: "Só lhe
disse que a acharia. Sairá daqui no seu devido tempo"
.



Wyatt informou a descoberta às autoridades
israelitas, e depois entregou um minúsculo artefato que
encontrou na caverna. Era um romã de marfim com uma inscrição
que o identifica pertencer ao templo de Salomão. Este é o único
objeto do primeiro templo já visto e exibido no Museu Israelita
em Jerusalém. Esta descoberta os convenceu que o Wyatt pudesse
estar dizendo a verdade sobre a descoberta da Arca da Aliança.
Ele foi o único que encontrou um objeto do primeiro templo onde
a Arca esteve. Wyatt sabia que vários críticos ao redor do
mundo não acreditariam que ele encontrara este romã, então
quebrou-lhe um pedaço pequeno e o deixou na câmara com a Arca
da Aliança.



Romã de marfim



As autoridades lhe disseram que mantivesse a
descoberta da Arca em segredo
. O motivo é que esta
descoberta poderia criar grandes problemas religiosos
e políticos para Israel por ser uma sociedade frágil e explosiva. Eles
temiam uma possível reação violenta de alguns judeus radicais
se eles tomassem conhecimento de que a Arca da Aliança foi
encontrada, achando ser este um sinal de Deus para retomar o Monte do Templo,
destruir o Domo da Rocha e construir o 3° Templo, ocasionando um conflito geral
com todo o mundo árabe. Em outras épocas a disputa pelo Monte do Templo gerou alguns conflitos sangrentos.


Anos mais tarde, após ter sido avisado que Wyatt havia
divulgado a descoberta, e ainda pela internet, onde não há controle sobre as
informações, o conselho da Associação do Jardim da Tumba teve que emitir
um documento confirmando que
ele teve permissão para escavar até o verão de 1991, mas desmentindo o achado da
Arca (para evitar futuros conflitos) e afirmando ainda que não tinha
qualificação como arqueólogo (de fato, era amador)! Descobrir a Arca da Aliança
em Jerusalém seria um grande perigo!



Os objetos na câmara



Não era possível tirar quaisquer dos objetos
da câmara. Primeiramente estava cheio de pedras empilhadas ao
redor das mobílias do templo, e secundariamente, Wyatt não pôde
retirar os artefatos pelo pequeno buraco por onde entrou. Ele
teria primeiro que localizar a entrada original usada pelos
homens (Jeremias e Baruque?) para esconder os objetos.



Wyatt voltou várias vezes na câmara. Em uma
delas levou uma furadeira usada em cirurgia ortopédica e um colonoscópio, um instrumento óptico com uma forte fonte
luminosa que médicos usam para examinar dentro do corpo humano. A
caixa de pedra era tão alta, que a tampa estava próxima ao teto
e tinha de olhar pela abertura da tampa quebrada para ver a Arca.
Com a broca Wyatt tentou fazer um buraco pequeno na caixa de
pedra para poder identificar a Arca. O efeito desejado falhou então
ele fez um buraco na caixa de pedra com abertura suficiente para
introduzir o colonoscópio. Neste instrumento só se pode ver uma
pequena área de cada vez, mas movendo-o ao redor poderia ver o
famoso objeto dourado. A primeira coisa que ele viu foi a
bordadura ao redor do topo do propiciatório. Então viu a superfície
lisa com os lados dourados. Isto era suficiente para que tivesse
certeza de que a Arca realmente estava ali.



Em seguida Wyatt identificou os seguintes
objetos na câmara: A Arca da Aliança que estava na caixa de
pedra, a Mesa dos Pães, o Altar do Incenso de Ouro, um
candelabro de 7 ramificações, uma espada grande de 1,57 metro,
um éfode (espécie de manto sacerdotal), uma moeda de bronze, vários
abajures de óleo, e um anel de bronze. Também havia outros
objetos mas Wyatt não tinha certeza para quê tinham sido usados.
Estes artefatos estavam cobertos com peles de animais. Nas peles
foram colocados troncos de madeira, e em cima deles uma camada de
pedras. As Tábuas de Pedra com os 10 Mandamentos estavam ainda
na Arca da Aliança, e do lado da Arca estava um cubículo
pequeno aberto que continha o Livro da Lei que Moisés escreveu
sob ordenança de Deus: "Ora, tendo Moisés acabado de
escrever num livro todas as palavras desta lei, deu ordem aos
levitas que levavam a arca do pacto do Senhor, dizendo: Tomai
este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do pacto do Senhor
vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra vós."

(Deuteronômio 31.24-26; 17.18 e 29.21 - também em Êxodo 24.7).
Do que ele pôde ver, estava lá a maioria dos livros de Moisés.
Todos aqueles rolos, feitos de pele de animal e envelhecidos por
mais de 3 mil anos, estavam em condição surpreendentemente
excelente! Wyatt também achou sete abajures de óleo que ele supôs
haverem sido usados pelos que trouxeram os objetos para a câmara.
Um dos abajures estava enfeitado com um desígnio típico assírio;
uma cabra ou um carneiro, com suas pernas traseiras levantadas e
se alimentando numa videira. Isto mostrou a influência cultural
que o povo assírio teve na Judéia durante um longo tempo antes
do cativeiro babilônio.



A entrada original



O sistema de caverna pelo qual Wyatt havia
entrado na câmara parecia estar intocável por mãos humanas. O
buraco pelo qual ele tinha entrado era muito pequeno e mal
localizado para ter sido a entrada que Jeremias e seus homens
usaram para levar os objetos grandes para a caverna. A pergunta
agora era: Qual túnel eles haviam usado?



Wyatt começou a inspecionar a câmara pela
outra entrada. Em um lugar ele viu algo que estava coberto com
pedras, e parecia conduzir para outra câmara. Ao remover algumas
das pedras, descobriu um longo túnel natural com marcas de
cinzel, o que garantia que alguém o havia alargado. O problema
que Wyatt encontrara agora era que o resto do túnel era
completamente bloqueado por fora com grandes pedras. Desbloquear
o túnel seria muito difícil e depois de sair e marcar a sua
pequena entrada, ele decidiu procurar do outro lado, no início
daquele túnel. Desde que as mobílias tinham sido trazidas do
Templo, obviamente este era o ponto de partida e a câmara era o
destino deles. Wyatt não estava informado sobre algum túnel que
ía na direção do Templo, mas ele ainda tinha alguma idéia
sobre onde poderia começar a procurar. A Caverna de Zedequias
com uma extensão de 230 metros sob o Monte Moriá foi durante um
certo tempo usada como mina de pedra (pedreira subterrânea).
Esta caverna fica situada entre o Monte do Templo e a Escarpa do Calvário
(imagem abaixo), assim poderia ter uma possível ligação.





A caverna de Zedequias



Dr. James Turner Barclay era um americano que
trabalhou como médico e missionário em Jerusalém de 1851 a
1857. Ele ainda é conhecido (entre outras coisas) por ter
redescoberto um portão de entrada para o local do Templo, assim
recebeu o nome de "Portão de Barclay".



Dr. Barclay freqüentemente andava com seu cão
nas áreas ao redor da cidade velha. Num domingo do inverno de
1854, ele foi caminhar ao longo do muro norte da cidade velha de
Jerusalém. De repente, seu cão desapareceu, e Dr. Barclay
assobiou para ele. O cão não veio, e o filho de Dr.Barclay que
o acompanhara começou a procurar o animal. Ao olhar ao longo a
parte da pedreira onde o muro norte foi construído, achou um
buraco fundo por onde eles ouviram o cachorro latir dentro da
caverna.



Assim esta enorme caverna foi redescoberta.
Durante séculos acreditava-se que a entrada da Caverna de
Zedequias havia sido bloqueada pelas construções de pedra.



Entrada da Caverna de Zedequias (Muro Norte)





Uma maneira de escapar



Muitos acreditam que Salomão usou pedras da
Caverna de Zedequias para construir o magnífico Templo. A Bíblia
relata como as pedras foram cortadas e como elas foram lavradas
dentro da pedreira, evitando barulho na cidade durante a construção
do templo (I Reis 6.7).



A caverna recebeu o nome de "Caverna de
Zedequias" porque muitos achavam que esta foi a que o rei
Zedequias usou para fugir de Jerusalém durante o cerco babilônio.
Porém, a Bíblia apenas diz: "E o príncipe que está
no meio deles levará aos ombros os trastes, e às escuras sairá;
ele fará uma abertura na parede e sairá por ela;
ele cobrirá o seu rosto, pois com os seus olhos não verá o chão.
"
(Ezequiel 12.12). "Então a cidade foi arrombada, e
todos os homens de guerra fugiram de noite pelo
caminho
da porta entre os dois muros
, a qual estava junto ao
jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor),
e o rei se foi pelo caminho da Arabá. Mas o exército dos
caldeus perseguiu o rei, e o alcançou nas campinas de Jericó; e
todo o seu exército se dispersou.
" (II Reis 25.4-5).



A passagem dos lapidários



Enquanto caminhava ao redor e examinava esta
caverna, Wyatt tentou se familiarizar com os lapidários. Quando
viu que a caverna se estendia pelo fundo da montanha, percebeu
como era sem sentido e cansativo tirar as pedras da pedreira e as
levar para a cidade por um dos portões do muro norte. Como a
pedreira está debaixo da cidade, seria muito mais fácil retirar
as pedras diretamente da pedreira. Um simples buraco no teto da
caverna poderia iluminar consideravelmente a carga dos
trabalhadores.



Wyatt começou a examinar os pilares de pedra
que os trabalhadores tinham deixado para apoiar o teto da caverna.
Um dos pilares se parecia um grande monte de terra e escombros
empilhado tão alto que atravessava um buraco no teto. Isto o fez
pensar que talvez existira uma abertura no teto da pedreira.
Assim, a Arca poderia ter sido transportada para baixo por este
buraco, e então passada por um túnel, e finalmente trazida para
a câmara onde agora está.



Um dos túneis da caverna



Um querubim da guarda



Wyatt começou a procurar túneis, e logo achou
um. Estava escondido por trás de pedregulhos e rochas suspensas
e fechado por pedras que haviam sido cortadas e lavradas com este
propósito. O túnel ia para a direita, mas ainda era um longo
caminho para a câmara. Se este fosse o túnel certo, teria muito
trabalho para limpá-lo.



Quando o francês Charles Clermont-Ganneau em
finais do século XIX desenhou a caverna de Zedequias, fez esboços,
mapas e diagramas de quase cada detalhe da enorme pedreira. Uma
de suas descobertas foi um querubim gravado em um pilar. Tinha
corpo de leão, um par de asas e cabeça de homem com um véu
antigo. Clermont-Ganneau removeu o querubim e enviou ao Fundo da
Exploração Palestina em Londres. É parecido com um querubim do
Palácio Israelita em Samaria. O estilo é aproximadamente do 7º
século AC, quando Israel estava sob influência da cultura assíria.
Isto ocorreu antes dos babilônios tomarem Jerusalém, e
coincidiu com o tempo em que foi escondida a mobília do Templo.



Desenho do Querubim removido da caverna de
Zedequias



Com esta conexão é interessante verificar
novamente a citação do livro apócrifo II Macabeus
mencionado anteriormente. Assim diz sobre Jeremias e os homens
que esconderam a mobília do Templo na caverna: "Em
seguida, bloqueou a entrada. Mais tarde, alguns dos que tinham
acompanhado Jeremias, vieram para marcar o lugar, mas não
conseguiram encontrá-lo. Quando soube, Jeremias repreendeu-os
dizendo: O lugar ficará desconhecido, até que Deus finalmente
se mostre misericordioso e reúna novamente seu povo"
.
É possível que o querubim gravado próximo da entrada bloqueada
seja uma marca feita pelos homens (levitas?) de Jeremias, já que
não conseguiram achar a gruta.



Em seguida, Wyatt usou um radar para
esquadrinhar e garantir que realmente havia um túnel da pedreira
até a câmara onde achou a Arca da Aliança e os outros objetos.
Aproximadamente 6,5 metros abaixo do nível do solo ele descobriu
um túnel vazio que ia na direção dos buracos que atravessou e
da câmara, mas por causa das edificações que obstruem o
caminho, ele não pôde seguir todo o túnel. Ao invés disso ele
levou o radar para a caverna de Zedequias e esquadrinhou a
entrada que havia achado. Quando parecia existir um vazio atrás
dos blocos de pedra, na verdade abria uma passagem. Mas escombros
bloqueavam o túnel mais adiante, parecendo que alguém tinha
tentado fazê-lo parecer natural, tentando esconder o fato de que
eles tinham fechado o túnel propositalmente. A passagem foi bem
bloqueada e, novamente, o trabalho de limpá-la seria
extremamente laborioso.



Uma experiência especial



Wyatt decidiu que a única opção era fazer
uma entrada maior para a câmara, cavando um poço diretamente
acima dela, diretamente abaixo da rocha. Havia um risco do poço
se desmoronar podendo destruir os objetos na caverna. Também
seria um grande projeto que requereria muito trabalho. Após várias
escavações ele iria escavar aproximadamente 3 metros de rocha
calcária, mas o fim estava longe. Quase dez anos tinham se
passado desde que ele achou a Arca, e a sua frustração cresceu
por causa dos enormes esforços que tinha passado, tudo parecendo
infrutífero até o momento.



Um ou dois meses antes de voltar a Jerusalém
para trabalhar no poço, Wyatt realizou uma reunião em uma
igreja na Carolina do Norte. Ele apresentou vídeos e os
espectadores fizeram-lhe perguntas. Durante esse período de
questionamento, um indivíduo perguntou-lhe quando planejava
estar em Israel. Quando Wyatt e seu assistente chegaram mais
tarde ao hotel em Jerusalém, aquele mesmo homem estava sentado,
esperando por ele. Aparentemente acreditou que era algum tipo de
profeta, e lhe ofereceu ajuda no projeto. Mas Wyatt esteve ali há
tanto tempo que era impossível continuar com seu trabalho. Ele
perdeu toda a esperança e sentiu todo o projeto abandonado. Ele
acreditava que a sua viagem em vão significava que era a hora de
“sair do emprego”. Ele sabia que Deus não precisava
particularmente dele para completar o trabalho.



Foi então que Wyatt teve uma experiência que
o marcou a sua vida. Ele estava se sentando próximo aos nichos e
dos buracos das cruzes que haviam encontrado no princípio das
escavações. O tal homem tinha terminado a difícil tarefa que
Wyatt havia lhe dado e estava sentado há alguns poucos metros,
almoçando debaixo da sombra de um grande arbusto. O nível de chão
onde eles estavam sentados era muitos metros abaixo do que a área
ao redor. De repente Wyatt ouviu uma voz atrás dele dizendo, “Deus
o abençoe no que está fazendo aqui”
. Wyatt virou-se.
No topo de uma escadaria, estava um homem alto de pé, esbelto de
cabelo escuro. Ele estava usando um longo roupão branco e um
turbante (ou mitra) na cabeça semelhante ao usado em tempos bíblicos.
Wyatt não tinha contado para ninguém o que estava fazendo e
desejou saber quem era aquela pessoa. Achou-lhe estranho por
saber tudo sobre ele e o que estava fazendo. Wyatt tentou
descobrir quem era aquele estranho e tentou conversar
educadamente: “Você é desta região?” ,
perguntou. “Não” , era a simples resposta
seguida de um silêncio. “Você é um turista?”
, perguntou-lhe Wyatt. “Não” , silenciando-se
novamente. Wyatt não sabia mais o que poderia dizer, então
apenas sentou-se e observou-lhe sua amável face. Então o homem
lhe disse: “Estou no caminho da África do Sul para a
Nova Jerusalém”
e repetiu as suas primeiras palavras: “Deus
o abençoe no que está fazendo aqui”
. Então se virou
e foi embora.



Por estar sentado debaixo do arbusto, o
ajudante "não convidado" de Wyatt não tinha visto o
homem vestido de branco, mas tinha escutado toda a conversa. Ele
perguntou: “Você acha que falamos com um anjo?”
(Hebreus 13.2). “Talvez” respondeu, porque
deixou-lhe a impressão que pudesse ter sido até o próprio
Jesus Cristo...



Só há uma entrada no Jardim da Tumba, e todo
mundo tem que passar por ela para entrar no complexo. Wyatt
perguntou ao pessoal do local se tinham visto o tal homem de
branco e eles responderam que ninguém vestido daquele jeito
havia entrado ou deixado o Jardim da Tumba. Ninguém o tinha
visto. Esta experiência o fortaleceu e o encorajou para que
continuasse, não importando a difícil situação em que se
encontrava.



A quarta visita a câmara



Wyatt tinha tentado várias vezes tirar fotos nítidas
da Arca com máquinas fotográficas e uma câmera de vídeo, mas
em todas as imagens ficaram desfocadas, lhe causando
muita frustração. Em sua quarta visita na câmara Wyatt levou
consigo uma câmera de vídeo e um tripé, esperando finalmente
gravar um filme nítido da Arca.





Depois de passar pela mesma entrada que sempre
usou para ir até a câmara, notou imediatamente que algo estava
diferente. As pedras que tampavam a caverna não estavam mais lá.
Uma luz brilhou na câmara, mas não podia entender como. Ele então
viu que a câmara havia sido completamente limpa e todas as
pedras retiradas. Uma tarefa que ele sabia que teria de ser feita
mas levaria muito tempo, e agora o trabalho estava feito! A câmara
estava totalmente limpa, e a Arca da Aliança tinha sido retirada
da caixa de pedra. Ele ficou subjugado pelo que viu. A Arca
estava contra uma parede da câmara, debaixo da rachadura do teto
causada por um terremoto, por onde o sangue de Jesus tinha fluído
até cair sobre o propiciatório. As outras mobílias do Templo
estavam em suas posições corretas em relação à Arca. O
restante dos objetos foi posto ao longo de uma das paredes. As imagens mostram
como é a
Arca e o local do propiciatório onde foi derramado o sangue.



Vista frontal



Vista superior em perspectiva



Dimensões, detalhes e o modo de retirar o propiciatório



Embora Wyatt não conseguia descrever
exatamente assim mas a parede atrás da Arca parecia cristal e
radiava as cores do arco-íris. Enquanto estava olhando para
aquilo, ele percebeu de repente que não estava só. Ele pode
perceber a presença de anjos. Havia quatro homens jovens na
caverna, que não se assemelhavam a forma popular de se
representar anjos (com vestido branco e asas). Estavam vestidos
normalmente. Wyatt ficou parado durante vários minutos, não se
movendo ou falando. Ele queria saber o que estavam fazendo lá e
por que estavam lá, mas se achou incapaz de falar.



Um dos anjos deu um passo para a frente e começou
a falar com ele. Disse-lhe que são os 4 anjos designados
para vigiar a Arca desde a sua construção, no Sinai. Ele se
aproximou da Arca e as Tábuas de Pedra foram retiradas dela, e o
anjo as colocou em um nicho na parede, e começou a lhe informar
sobre vários assuntos importantes. As Tábuas de Pedra só iriam
ser postas em exibição ao público depois que uma lei fosse
aprovada em todo o mundo. Uma lei que forçaria o mundo a receber
“a marca da besta”.



Wyatt montou a câmera de vídeo e começou a
filmar antes que ele retirasse as Tábuas de Pedra da Arca da
Aliança. Ele pegou a máquina fotográfica e a fita de vídeo e
saiu da caverna pela sua entrada original. Seguindo o túnel,
descobriu a saída do sistema de caverna para a rua. Ele foi para
o quarto do hotel e conferiu a filmagem. A Arca, os anjos e as Tábuas
de Pedra estavam perfeitamente visíveis e ficou muito satisfeito
por tudo estar tão nítido. Mas a sua alegria mudou de repente
ao lembrar do que o anjo havia-lhe dito. Isso não ia ser
mostrado antes que a lei da “marca da besta” fosse
aprovada. Ele sabia a natureza da lei à que estava se referindo,
e sabia o significado das palavras do anjo. O que ele iria fazer
com a fita até aquele tempo? Onde estaria segura?



Wyatt, não sabendo o que fazer, decidiu voltar
à câmara e perguntar ao anjo o que ele deveria fazer com a fita
de vídeo. Ao entrar na câmara o anjo com quem havia falado lhe
perguntou o que queria. Wyatt lhe falou que não tinha um lugar
suficientemente seguro para guardar a fita. O anjo pegou a fita
da sua mão e colocou-a próxima das Tábuas de Pedra que estavam
no nicho.



Nos fins da década de 90, Wyatt estava se
aproximando dos 70 anos. Ele estava cansado devido as pressões
de trabalho e também lutava contra um certo tipo de câncer.
Ainda assim persistiu, trabalhando pesado, fazendo tudo o que pôde
para ajudar as pessoas a espalhar a mensagem que estas
descobertas tinha para o mundo, e a mensagem do Cristo vivo. No
dia 4 de agosto de 1999, Ronald Wyatt morreu de câncer em
Tennessee, EUA.



Passagem para a Caverna



O exame de sangue



Wyatt conta a história novamente para um
pequeno público dentro da Caverna de Zedequias, “Depois
de ter estado lá [a caverna com a Arca da Aliança] três vezes,
na quarta vez em que entrei, havia quatro homens jovens que se
levantaram, que se os tivesse visto na rua não teria notado
nenhuma diferença entre eles e qualquer outra pessoa. Um deles
disse, "Nós somos os anjos que foram designados à Arca da
Aliança, e lhe contaremos o que Deus quer que seja feito com
isto, e lhe ajudaremos a fazer o que Ele quer que seja feito com
isto." Eles queriam que levasse uma amostra do sangue para
ser analisado. Tudo que tinha comigo eram um cartucho de filme (recipiente
de filme de máquina fotográfica) e uma aba de puxar (tampa
superior) de uma lata de Coca-Cola. Então peguei aquela aba,
deformei-a para fazer uma pequena concha e coloquei o sangue seco
sobre ¾ dela. Nós o levamos para ser analisado. Colocamos uma
quantia do sangue seco em uma solução normal de sal na
temperatura do corpo (36°C), e a misturamos suavemente durante
72 horas. E esta foi parte das instruções que recebi do anjo.
Quando guardamos a cultura durante outras 72 horas e a
visualizamos em um microscópio, as células brancas estavam se
dividindo.



Sangue revitalizado




Nós obtivemos uma contagem de cromossomos.
Havia 24 cromossomos. 23 Cristo recebeu de Maria. Ele recebeu um
que era o determinante de sexo, ou o Y do seu Pai divino para um
total de 24. Todos nós temos 46. Nós recebemos 23 de nossa mãe
e 23 de nosso pai. Agora estes ainda estão vivos após quase
2000 anos. As pessoas que fizeram o teste pensaram que eu tinha
passado a perna neles. Nunca em suas vidas haviam visto um sangue
seco que ainda estava vivo. Há um texto na Bíblia que fala
sobre Cristo. Está em Salmos (16.10) diz: "Pois não deixarás
a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu
Santo
veja corrupção". Então após quase 2000 anos, o sangue de
Cristo estava muito vivo, e ainda está. Assim o Espírito, o
sangue e a água estão testemunhando na Terra. (I João 5.6-8)”

(Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, novembro de 1996).


A cultura foi levada para um laboratório israelense que
descobriu a existência de apenas 24 cromossomos. Nesta

palestra
, Wyatt responde a uma pergunta sobre este caso.



Contagem dos cromossomos: 24 de Jesus e 46 do homem normal


Diante deste fato surge a pergunta: Como era o sangue de Adão,
filho de Deus, já que não teve uma mãe? Teria também 24 cromossomos?



A mensagem que ninguém tinha ouvido



A história de Ronald Wyatt chamou muita a atenção
como também uma violenta discussão. Um homem simples estava
contando ao mundo uma história incrível que ninguém havia
ouvido antes. Para alguns era uma história fantástica onde o
mundo espiritual é descrito como acreditável e real. Wyatt
estava afirmando que a Bíblia, o livro mais lido no mundo, era a
verdade histórica, mas afirma também que o Homem que nasceu
neste mundo aproximadamente há 2000 anos atrás, realmente era o
Messias que os judeus haviam esperado, mas rejeitaram. Não só
isso, mas está afirmando que Ele foi o Único por quem Deus
criou este mundo. A descoberta de Wyatt até hoje incita
incredulidade, até mesmo no mundo cristão, e cria mal-estar
dentro da comunidade judaica. Até o momento esta mensagem não
é reservada para as comunidades religiosas. De fato faz um
efeito enorme em todo o mundo, por isso fazem a pergunta, “A
Bíblia é realmente verdadeira?”.



A história de Ronald Wyatt não falta
credibilidade pois várias pessoas estavam com ele quando estava
cavando, e podem testemunhá-la. Em um certo momento havia
aproximadamente 15 pessoas diferentes que ajudaram limpando túneis.
Havia o pequeno árabe que entrou primeiro na caverna e foi
tomado por um medo indescritível, simplesmente saindo da câmara.
O romã, o primeiro artefato descoberto do primeiro templo, que
hoje encontra-se seguro em um pequeno gabinete de vidro no Museu
Israelita, como uma testemunha visível. O exame do sangue da câmara
tem chocado os investigadores profissionais ao redor do mundo, e
ninguém pode negar muitas das coisas que testemunham para o fato
da história de Ronald Wyatt ser verdade. Porém, para alguns a
história continua tão inacreditável porque eles não viram a
Arca ou o sangue. Assim eles preferem duvidar. Wyatt disse, um
dia o mundo verá a evidência com seus próprios olhos, mas se não
quiserem acreditar então há pouco o que fazer para os convencer.
O mundo está pronto para acreditar que fora de fato criado e que
nós não evoluímos de macacos ou répteis?



Wyatt na Caverna de Zedequias ensinando sobre a
descoberta da Arca da Aliança





O sangue de Jesus derramado no propiciatório contém a mensagem que jamais alguém ouviu ou até mesmo pensou.
Nem mesmo o próprio Ronald Wyatt, antes de ter descoberto a Arca
e ter contado a história. Ainda restam perguntas nas mentes de
muitas pessoas, “Por que aconteceu?” e “O que tudo
isso significa?”





O Estatuto Perpétuo


"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão."
Hebreus 9.22



A necessidade do sangue ter caído no propiciatório está no Estatuto Perpétuo do "Dia da Expiação" determinado por Deus
(Levítico 16). No 10° dia do 7° mês (mês de Etanim, correspondente ao período atual de
Setembro-Outubro), o sacerdote atravessava o véu do santuário usando roupa e túnica de linho. Então aspergia no
propiciatório sobre a Arca, o sangue de um novilho por seus pecados
e pelos da sua família, e o sangue de um bode pelos pecados do povo de Israel. Os estrangeiros (Gentios) e o
povo não podiam trabalhar nesse dia.



No dia da crucificação, Jesus usava a sua própria roupa e uma túnica (Mateus 27.31-35, Marcos 15.20, João 19.23) que foi trocada pela coroa de espinhos. Para morrer pelos
pecados dos Gentios, bastava o derramamento de sangue na cruz, mas era necessário também que morresse pelos
pecados do sacerdote (o próprio Jesus, o verdadeiro sacerdote) e do povo de Israel, assim anularia a antiga aliança. Isso só poderia ser feito atravessando o véu, que era a sua própria carne (Mateus 27.51, Marcos 15.38, Lucas 23.45 e Hebreus 10.20 ) e aspergindo o seu próprio sangue no
propiciatório. Por isso afirmou que destruiria o santuário e o reedificaria em três dias (Mateus 26.61, Marcos 14.58 e João
2.19-21), anulando os estatutos antigos.



O "Dia da Expiação" não era respeitado desde a invasão dos babilônios. Isso porque a Arca foi
removida do templo antes deste ser incendiado, e os sacerdotes foram levados para a Babilônia. Não a
vendo mais, naturalmente creram na sua destruição no incêndio. Quando retornaram do exílio, os sacerdotes
voltaram a respeitar as festas, fazendo sacrifícios e holocaustos no 7° mês (Esdras 3.1-7 e Neemias 8).
Porém, já não havia mais a Arca.



O sangue derramado confirma dois Estatutos Perpétuos - do Dia da Páscoa e do Dia da
Expiação:



- O sacrifício do cordeiro - Na Páscoa (1° dia do ano), tinha que ser no final da
tarde (Êxodo 12.6 e Levítico 16.5-6). Podia ser também para os Gentios (Números 9.14), confirmado em
Gálatas 3.13-14, Isaías 53.4-7, João 1.29 e I Pedro 1.19;


- O sacrifício do novilho - Somente pelos pecados do sacerdote e da sua família (Levítico
16.14), ou seja, o
próprio Jesus como maldição na cruz;


- O sacrifício do bode - Somente pelos pecados do povo de Israel (Levítico 16.15).




O sangue da Nova Aliança derramado sobre a
Antiga Aliança, substituindo-a!





Mortes
por tentativa de retirar a Arca



Em uma de suas estadias em Jerusalém, Wyatt
recebeu um pedido de ajuda por parte das autoridades israelenses.
O problema era sobre 6 homens que tinham entrado no sistema de túneis
pela Caverna de Zedequias numa tentativa de passar a Arca para
outro local do sistema. A motivo desta operação era que naquele
tempo a área havia sido ocupada por palestinos e as autoridades
israelenses temiam que a tomassem definitivamente levando-lhes a
perder o acesso ao local da Arca. Yasser Arafat tinha a intenção
de retomar a área e parecia que a ONU e os Estados Unidos
queriam que Israel aceitasse aquela situação. Assim para eles
parecia lógico mover a Arca alguns metros e usaram homens por não
haver equipamentos eletrônicos remotamente controlados para
fazer isso. A história foi esta:



Em 1990 Ronald Wyatt visitou Jerusalém. Como
era o costume dele, foi ao escritório da Autoridade de Antigüidades
Israelita (IAA) os deixar saberem que estava na cidade e ver se
precisavam de sua ajuda em alguma coisa. Lhe disseram: "Sim,
estamos numa situação que precisamos de sua ajuda". Então
lhes disse que os encontraria na Caverna de Zedequias naquela
noite.



Quando Wyatt chegou havia vários automóveis
oficiais estacionados no local. Ao entrar na caverna foi escoltado até o lugar onde a entrada do sistema de túneis fica
situada para então ir ao local da Arca. Lhe foi falado que
tinham sido enviados 6 homens ao túnel para mover a Arca e o
conteúdo da câmara a uma parte diferente do sistema de forma
que ficasse segura, afastada do território ocupado. Os homens
foram vestidos como sacerdotes (levitas) e carregavam rádios
para comunicação mas logo após terem entrado no túnel começaram
a gritar. Os gritos eram tão terríveis que o restante dos
homens tiveram medo de entrar também. Eles perguntaram a Wyatt
se ele entraria e veria o que tinha acontecido. Ele concordou.



Ao entrar no túnel viu que os homens só
tinham caminhado aproximadamente 20 metros faltando 90 para
chegarem até a Arca. Eles estavam mortos no chão com os olhos
grandemente abertos e virados para trás. Como médico
anestesista, Wyatt percebeu que era um sintoma clássico de um
golpe bilateral ou uma hemorragia volumosa no cérebro. Então
saiu e contou para as autoridades o que havia encontrado. Em
seguida levou uma cesta de salvamento com uma corda presa no túnel
e retirou os corpos dos homens um por um. Pediram-lhe que não
mencionasse a ninguém sobre o incidente.



Outros
incidentes por causa da Arca



Aproximadamente 16 pessoas morreram por
tentarem interferir ou parar os trabalhos que Wyatt fez com a
permissão de Deus. A maioria delas morreu particularmente relacionada à Arca da Aliança.



Um dos incidentes foi com um homem que soube da
existência da Arca antes de Wyatt afirmar que não diria nada
sobre ela. Ele ficou entusiasmado e queria que Wyatt desse
informações à imprensa. Ele recusou e então o homem disse que
iria divulgá-las e chamou alguns jornalistas para uma conferência
à imprensa. Wyatt estava bastante preocupado com isto, mas não
pôde fazer nada pois havia programado pegar o vôo para casa na
manhã seguinte, no mesmo horário da entrevista coletiva. Aquela
conferência nunca foi realizada - o homem foi encontrado morto
em uma ruela atrás do local com a garganta cortada de orelha a
orelha!



Outro incidente no qual os resultados só não
foram trágicos porque Deus não permitiu, foi quando um programa
de televisão religioso desejou obter informações sobre a
descoberta da Arca e tentou convencer Wyatt a levá-los ao local,
tentando suborná-lo com dinheiro. Ofereceram pagar qualquer
quantia para irem com ele, esperando que Wyatt lhes mostrasse a
Arca. O chefe do programa e seu irmão estavam lá e faziam pressão
para que os levasse à Arca, mas Wyatt recusou.



Finalmente alguém sugeriu que eles orassem
para aparecer "um sinal" indicando o que fazer. Então
oraram para que chovesse até o amanhecer somente se Wyatt não
os fosse levar à Arca . Chuva naquela parte do mundo e àquela
época do ano era muito improvável, mas aquela noite choveu
forte. Mesmo assim no dia seguinte, um dos irmãos ainda insistia
para que fossem levados à Arca e sugeriu que o seu irmão fosse.
Porém este lhe disse que não iria sozinho.



O resultado foi que eles não pegaram a fita de
vídeo sobre a Arca como planejado e o irmão insistente iniciou
um boato dizendo que Wyatt havia quebrado um acordo e levado o
dinheiro.





Escavações
Recentes



Em 1989 essas escavações foram encerradas e
desde então houve muita especulação e controvérsia sobre os
achados, o que causou muita angústia para a Associação do
Jardim da Tumba, pois Wyatt não pôde validar suas afirmações
por ter falecido em 1999, sem deixar concluída nenhuma evidência.



Desde aquele tempo, o Wyatt
Archaeological Research
(W.A.R.) tem feito
todo esforço para substanciar suas afirmações - prover uma
segunda testemunha que transformaria uma suposição em fato
estabelecido. Em 2002 recebeu permissão da Associação do
Jardim da Tumba e da Autoridade de Antigüidades Israelita, cujo
empenho começou com determinação. As apresentações foram
gravadas em DVD e são resumos de uma grande quantia de
trabalho realizado em quatro anos, a maioria de projetos
intensivos e caros empreendidos pelo W.A.R.. Eles são
dedicados ao Salvador e ao grande número de trabalhadores voluntários
e contribuintes sem os quais teria sido impossível realizar esta
tarefa monumental.



Em 2003 o W.A.R. continuou a escavar
na caverna de Zedequias a fim de encontrar mais detalhes da
passagem por onde Jeremias carregou a Arca. A direção do W.A.R.
descreve todo o trabalho do projeto:





"Em fevereiro de 2003 o W.A.R.
utilizou um radar de profundidade de solo para escânear o exato
local em que Wyatt descreveu como a entrada da passagem de
Jeremias. O radar revelou um vazio atrás de uma parede feita por
mãos humanas, e assim iniciou-se o projeto para localizar a
passagem. Foram obtidas licenças de escavação com a Autoridade
de Antigüidades de Israelita e um apelo foi feito para voluntários
participarem. A resposta foi impressionante. Não só havia os
que se ofereceram a ajudar fisicamente no trabalho, mas outros
com apoio financeiro e a maioria com um importante apoio por meio
de oração.



Entre os que apoiaram o W.A.R., uma equipe
internacional consistindo em trinta voluntários participou
fisicamente para localizar a passagem de Jeremias.



O projeto começou com o uso da mais
recente tecnologia em
Subsurface Interface Radar,
um dispositivo que permite examinar abaixo da superfície e ver
em que posição os objetos estão. A escavação começou abaixo
da parte frontal da parede encontrada pelo radar numa tentativa
para encontrar alguma abertura que poderia conduzir à passagem
de Jeremias. Este esforço levou a uma descoberta perigosa e
inesperada que alteraria os planos da escavação; a descoberta
que parecia ser da fundação das paredes tinha apenas uma curta
distância abaixo da superfície.





Naquele momento, era incerto se o que tinha
sido descoberto era verdadeiramente uma fundação, ou o topo de
outra parede. Mais uma vez o radar foi empregado numa tentativa
para determinar a natureza da descoberta. Depois de revisar os
dados os arqueólogos israelitas solicitaram uma ampla escavação:
a remoção de toneladas de material. O pedido apresentava uma
tarefa aparentemente insuperável dado o limite de tempo dos
trabalhadores. Levantou-se a pergunta: Como poderia tanto
material ser removido em um curto período de tempo?



A equipe do W.A.R. foi trabalhar. Um
sistema de rampa foi projetado para tornar possível transportar
pedra, terra, e escombros do local da escavação para descer os
carrinhos de mão: um sistema que comprovaria grandemente
acelerar a escavação. Em um esforço sem precedentes, toneladas
de material foram removidos em tempo recorde só para confirmar
que o que havia sido revelado realmente era uma fundação e não
o topo de outra parede.





Depois que as paredes foram cuidadosamente
e meticulosamente limpas, os engenheiros foram trazidos para
analisar a situação. Na conclusão ficou uma dúvida sobre escavar mais adiante. A parede estava em risco de desmoronar!



Os membros da equipe de escavação
trouxeram uma gama extensiva de talentos: empresários, médicos
e enfermeiras, envolvidos no campo da ciência, e perícias no
campo da construção e de materiais de construção. Através de
escolha divina, não foi nenhuma coincidência a participação
do dono de uma das maiores empresas do mundo da área de fundações.
Foram apresentados planos aos engenheiros e um esforço em
conjunto foi lançado para projetar um método de escorar a
parede e assim poder escavar seguramente debaixo dela.



Uma reunião especial foi realizada no
Museu Rockefeller, prédio da Autoridade de Antigüidades de
Israelita, e depois de horas de extensa discussão e cálculo
científico um sistema de escoramento foi projetado para permitir
a continuação das escavações. Enquanto a equipe de escavação
preparava o local, foi encaminhada a procura por material para a
escora de madeira; uma tarefa cara e não tão simples em Jerusalém,
uma cidade em que predominam as construções de pedra. Depois de
muita procura os materiais finalmente foram entregues horas mais
tarde e a primeira armação do escoramento estava pronta para
ser colocada.





Na frente da parede subterrânea um abrigo
seria construído para que a escavação pudesse continuar
seguramente debaixo da sua fundação. Os membros da equipe
posicionavam as armações de escoramento de uma em uma, enquanto
ao mesmo tempo outros apoiavam a parede cuidadosamente com bolsas
de areia. Tendo reforçado a parede, então o trabalho poderia
continuar. Seguindo o caminho do material que tinha sido visto no
radar, um túnel foi construído debaixo da fundação da parede
antiga. Um caminho de pedra solta e terra macia foi localizado
confirmando o relato de Ronald Wyatt. Esta certamente é uma área
que deve ter sido ocupada em algum momento no passado. Investigações
no material e mais escaneamentos com o radar indicavam que estávamos
na pista certa.



Mais uma vez, preocupações de segurança
se tornaram um fator. Foi determinado pelos engenheiros
selecionados pelo projeto que uma vez a escavação estendida além
das paredes da fundação, que agora serviam como um teto, o
grande peso do material solto acima poderia desmoronar sobre as
escavações; um perigo mortal.



Para determinar com precisão quanto
material havia acima, uma equipe de vistoria foi convocada para
calcular a posição e a elevação exata da escavação de Wyatt
em relação as paredes antigas de Suleiman, e a Cidade Velha de
Jerusalém sobre a qual está situada. Depois de localizar um
ponto de referência de pesquisa, externo ao muro norte de
Jerusalém, a posição da cidade estava sobreposta no mapa de
escavação. A pesquisa levou a uma descoberta surpreendente.
Para surpresa de todos, não só a escavação estava a se
estender do outro lado da parede abaixo mas também além dos altíssimos
muros exteriores de Jerusalém, tudo em perfeito acordo com o
relato de Ronald Wyatt.





A vistoria continuou e ficou definido que
mais de 10 metros de material estavam localizados acima dos
trabalhadores.



Como o tempo da primeira fase das escavações
se aproximava do fim, todos os participantes estavam de acordo
que o local deveria ficar protegido temporariamente. Uma decisão
que não finalizava o projeto, mas era o bastante para um novo
começo, um passo essencial para se ter sucesso no futuro.



Lembrando que Ronald Wyatt trabalhou
durante três anos e meio antes de realizar seus esforços para
localizar a Arca da Aliança, as equipes do W.A.R. retornam para
casa com um senso de cumprimento e aguarda um outro dia na busca
da chave que destravará o mistério do querubim na caverna de
Zedequias, e a passagem que conduz à Arca da Aliança."





As escavações foram reiniciadas em agosto de
2005. Pela primeira vez o lugar que Wyatt descreveu como o local
da crucificação foi gravado em DVD para comprovar as
descobertas feitas por ele nos anos 80. Edificações antigas
escondidas durante milhares de anos foram localizadas tendo
artefatos com datas anteriores ao tempo do rei Davi. A direção
da Autoridade de Antigüidades Israelita descreve todo o trabalho:



"Durante o mês de agosto de 2005 uma
escavação de teste foi realizada dentro do complexo do Jardim
da Tumba, ao norte do Portão de Damasco (Licença para escavar n°
A-4549). A escavação, em nome da Autoridade de Antigüidades,
foi financiada por duas fundações americanas - o
Wyatt
Archaeological Research
(W.A.R.) do Tennessee e
o
Biblical Archaeology Foundation
(BAF) do Texas - foi dirigido por Y. Zelinger, com a ajuda de V.
Pirsky (inspeção), I. Berin (desenho de plantas), T. Sagiv (fotografia),
N. Katznelson (achados em vidro), T. Ornan (lacre de rolo), D.T.
Ariel (numismática), C. Hersch (desenhos de vidros e cerâmica),
tendo também participações de voluntários de várias partes
do mundo.



A escavação foi iniciada ao sul da formação
rochosa natural identificada pelo General C. Gordon em 1883 como
"Gólgota". Durante os anos 80, Ronald Wyatt escavou várias
câmaras subterrâneas no local. A escavação atual foi
realizada nas câmaras anteriores e adicionais.



Mapa da localização da Caverna de Zedequias no local escavado



O complexo subterrâneo foi acessado por
meio de um poço natural estreito, descendo 5 m e abrindo em uma
câmara de molde irregular (2 × 3 m e 2,8 m de altura). Uma
abertura estreita (0,65 × 1 m) foi feita na parede sul da câmara,
dando em um corredor cortado na rocha, direcionado de leste a
oeste. A passagem foi bloqueada para o oeste pela queda de terra
e pedras; para o leste, leva a uma edificação circular (3 m de
diâmetro) cujas paredes foram construídas com pedras do campo (0,3-0,4
m de largura) e edificadas nos degraus de uma pedreira antiga que
descia verticalmente (2,5 m) para o sul. A função da edificação
não foi determinada devido às limitações da escavação.
Provavelmente era parte de uma estrutura residencial ou uma
instalação industrial. A terra acumulada nesta área revelou
uma moeda extremamente usada no período Umayyad (697-750 DC). A
maioria dos fragmentos de cerâmica deste local datava dos períodos
helenístico-bizantino: uma garrafa comprida do período helenístico,
uma panela de cozinha, um jarro e um abajur do período romano e
uma tigela do período bizantino.



Outros achados recuperados nesta área
incluíam uma cratera (jarra em forma de taça) datada da Idade
do Ferro II, um jarro da Idade do Ferro I e uma estatueta de
animal quebrada bem conhecida da Idade do Ferro II em Jerusalém.
Um achado especial foi um selo cilíndrico de vidro (0,75 cm de diâmetro
e 1,7 cm de comprimento; o selo foi assim identificado por C.
Hersch), datado do 8° ao 7° século AC. O selo é no estilo Neo-Assírio
local e retrata um adorador em frente a uma meia-lua em uma vara,
representando o deus-lua, Pecado de H.aran.
(Sin of H aran)



A parede sul da edificação circular foi
quebrada e levava a outra câmara de molde irregular que não foi
escavada devido a problemas de segurança. Porém, sua parede
ocidental curvada provavelmente era a parede exterior de uma
cisterna de água, revelada no teste com radar de penetração de
solo.



Os achados que estavam desordenados pela
escavação anterior e as condições da atual escavação
tornaram difícil o reconhecimento dos restos. O período inicial
do local foi uma pedreira, subsistida por canais de divisão das
pedras de alvenaria. Era parte da extensa pedreira conhecida próxima
da Caverna do Zedequias e da Gruta de Jeremias. Os achados de cerâmica
e do selo cilíndrico da Idade do Ferro foram talvez de ruínas de
um cemitério da Idade do Ferro perto de St. Etienne que tinha
aparentemente estendido sobre a área do Jardim da Tumba. As relativas
quantidades de achados cerâmicos recuperados da edificação
indicam que podem ser datadas do período romano".



Novas escavações iniciadas em agosto de 2006 revelaram uma cisterna circular bizantina de
45 mil litros e também uma escadaria de pedra exatamente no local descrito por Wyatt. A foto mostra o local
da escavação 9 metros abaixo da superfície.





Em algum dia, num futuro próximo, a Arca da
Aliança e as Tábuas de Pedra com os 10 mandamentos bem como os
demais objetos serão finalmente retirados da Gruta de Jeremias. Mas não por vontade e vaidade humana mas de
acordo com a vontade de Deus, o verdadeiro dono de todas essas
relíquias.




Fotos do jornal
Discovery Times sobre o achado.