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sábado, 31 de dezembro de 2011


As estratégias não mudam

Pr. Bartolomeu de Andrade




Uma das estratégias do Maligno é que quando ele não está conseguindo nos derrotar no enfrentamento aberto, muda de tática e tenta ser nosso amigo. Isso é antigo e já se tornou provérbio popular que ensina: Se você não pode vencer o inimigo, alie-se a ele.

A História registra que quando o imperador Constantino percebeu que quanto mais matavam os cristãos, mais pessoas se convertiam a Cristo, simulou a sua própria conversão. Com isso, ele conteve o avanço evangelístico da Igreja, matando depois a sua vida espiritual, tornando-a estatal. Conta-se que quando ele tentava atrair para o engano um dos remanescentes fiéis que não se renderam à política religiosa do império, dizia mostrando os tesouros da igreja: “Não podemos dizer como João, que não temos ouro nem prata.” Mas também conta-se que o crente fiel lhe respondeu: “É, mas também não podemos dizer, em nome de Jesus Cristo, o filho de Deus, ‘levanta-te e anda’.” Do mesmo modo, não é incomum ouvirmos hoje pastores, quando estão enfrentando os oprimidos do diabo, ao invés de orarem e repreenderem os espíritos malignos, os enviam aos hospitais e às clínicas psiquiátricas. Falta em nossos dias o verdadeiro conhecimento de Deus e a unção do Espírito Santo, que produz a libertação de pessoas aprisionadas por espíritos enganadores.

O terrível quadro que se instalou em nosso tempo é esse: por um lado, temos os ativistas carismáticos sem caráter e, do lado oposto, os frios filósofos intelectuais da fé. Os primeiros expulsam demônios e curam enfermos, mas não conseguem se libertar de suas próprias doenças morais; os segundos teologizam e confeccionam belos sermões, peças literárias e frases de efeitos, no entanto sobrevivem aos seus medos e inseguranças, sob o jugo dos tranqüilizantes e das performances sociais.

No vácuo produzido por esses dois extremos, devemos perseverar crendo e nos equilibrarmos, como a Palavra ensina. Hoje, mais do que em qualquer outra época , devemos considerar o motivo do Senhor ter dito que certas castas de demônios só se expelem com jejum e oração. Consideremos também que Ele disse não ser suficiente conhecer apenas a Palavra, pois erramos quando, além da Bíblia, não conhecemos também o poder de Deus.

Precisamos voltar aos princípios da fé evangélica, a fim de gerarmos um povo espiritualmente sadio para o Senhor, porque a realidade hoje é Edir Macedo demonizando tudo e todos, enquanto que, contraditoriamente, prega a favor do aborto, como se isso fosse a coisa mais sensata a fazer. Do lado oposto, vemos a Globo numa surpreendente “abertura”, promovendo um especial de fim-de-ano evangélico, separando duas das mais representativas cantoras evangélicas do país para o show da virada do ano e do último caldeirão do ano. Com essa manobra, coloca os santos e os profanos juntos. Com essa sutileza do inferno, ela transmite a mensagem mentirosa de que não existe diferença entre os que serve a Deus e os que não o servem.

Honestamente, eu não sei o que é pior: o Edir acusando a maioria dos cantores evangélicos de endemoninhados, ou se é a Globo “abençoando” a música gospel brasileira. Sinceramente, sem de forma nenhuma querer parecer saudosista, eu sinto falta do tempo em que ser evangélico não dava status, mas acarretava perseguição. Sinto falta da época de minha conversão, quando não tínhamos como “irmãos na fé" apresentadoras de programas eróticos, futebolistas e artistas globais que eram membros de Igrejas e, ao mesmo tempo, clientes de night clubs. Lembro bem que não apoiávamos a causa gay e nem ouvíamos falar de “nu evangélico". Naquele tempo, sexo fora do casamento era pecado e os jovens depois dos cultos não iam para as baladas, não existiam mega igrejas, templos gigantescos. Era um tempo em que a mensagem do evangelho não era popular porque enfatizava o senhorio de Cristo. Entretanto, o povo de Deus era muito mais santo, unido, pacífico e simples. Consequentemente, nessa singeleza de viver, nós éramos muito mais felizes.

Finalmente, eu finalizo propondo a mim mesmo e a todos os que lerem esse texto, o seguinte: vigiemos, amigos, que o período histórico que estamos vivendo é exatamente aquele profetizado na Bíblia com relação aos homens serem ingratos e infiéis, que não suportariam a sã doutrina e por isso procurariam para si mesmos mestres segundo a sua própria concupiscência. Levemos à nossa geração a pura e viva Palavra de Deus. Estejamos atentos e não desconsideremos o que os inimigos do profeta Daniel disseram, quando procuraram e não encontraram nada que desabonasse a sua conduta, "Nunca acharemos nada contra esse Daniel, a não ser que a procuremos na lei do seu Deus".

O Dr. Billy Graham disse que quando o diabo não consegue nos derrotar com as coisas desse mundo, ele procura enganar-nos com a própria Palavra de Deus. Ele tentou isso contra Cristo, quando citou a Bíblia, a fim de que o Senhor se atirasse no precipício. Predomina no meio cristão, atualmente, a confusão e a tirania do carisma pessoal e do orgulho do saber. Carecemos da verdadeira virtude que flui pelo poder da dependência do Espírito para pregar o evangelho e assim gerarmos os frutos que permanecem para o Senhor.

Em meio a essa situação o Espírito quer restaurar as Igrejas, usando o remanescente fiel que não se conforma com esse mundo e por isso busca incessantemente o Senhor. Deus quer levar as suas Igrejas de volta à simplicidade da fé e da vida do Espírito. É de suma importância compreendermos essas verdades, a fim de andarmos segundo a santa, perfeita e agradável vontade Deus.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011



JESUS ESTÁ ACIMA
DE TUDO E DE TODOS

Pr. Bartolomeu de Andrade


Nele também fostes circuncidados não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual fostes igualmente ressuscitado mediante a fé no poder de Deus, [não é fé na oração, nas coisas que você faz] que o ressuscitou dentre os mortos e a vós outros que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne. Ele vos deu vida juntamente com Cristo, perdoando nossos delitos, tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu inteiramente do meio de nós e cravou na sua cruz. E Ele, na sua cruz, despojou os principados e as potestades, os expôs publicamente ao desprezo, trinfando deles na cruz. (Colossenses 2:11-15)


A mensagem de hoje baseia-se principalmente nos versículos de 11 a 15 do capítulo 2 de Colossenses, mas pretendemos refletir sobre outros ensinos deste importante capítulo que coloca a soberania de Deus acima de todas as coisas e exalta Cristo sobre tudo e sobre todos.


JESUS ESTÁ ACIMA DE TODA FILOSOFIA


Se lermos os dez primeiros versículos deste capítulo 2, veremos que Jesus está colocado acima de toda filosofia e sabedoria existentes neste mundo. Pontuamos sobre este detalhe porque queremos aplicar a verdade latente no capítulo, que é a simplicidade da fé em Cristo, para que consigamos viver de maneira adequada na presença de Deus e dos homens. Tem gente por aí que só acredita numa pregação abençoada se colocar filosofias nela, se colocar as ideias dos pensadores famosos. Mas Cristo está acima de tudo e de todos, inclusive das filosofias.

Observe que os versículos 2 a 4 afirmam que o mistério de Deus é Cristo, em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Essa frase é suficiente para que entendamos que Ele está acima de toda filosofia, isso para que ninguém nos engane com raciocínios de falácias, ou seja, com palavras enganosas e persuasivas. Assim, não há motivos para que nos deslumbremos ou nos enredemos diante de um arrazoado mental que venha a se transformar numa cativante filosofia e sabedoria deste mundo, pois Jesus Cristo é o mistério de Deus e é n’Ele que estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento e Ele está acima de toda filosofia e sabedoria humana.


JESUS ESTÁ ACIMA DE TODO LEGALISMO


Se tomarmos o ensino entre os versos 11 e 17, veremos que Jesus foi exaltado por Deus e está colocado acima de todo legalismo estabelecido.

Para que entendamos bem o que significa “Legalismo”, dizemos que é a forma de fazer determinadas coisas, como se essas coisas, em si mesmas, tivessem o poder de nos espiritualizar ou santificar, sem a participação de Cristo. Tudo isso é um erro doutrinário e comportamental.

Nos versículos 16 e 17 o Espírito Santo nos adverte para que não deixemos ninguém nos julgar por aquilo que comemos ou bebemos, pelas datas que guardamos, pelos efeitos da Lua Nova e até por causa da guarda do sábado, pois essas coisas são sombras das coisas que ainda viriam. Tomando por exemplo o caso do sábado, da maneira como ele é aplicado hoje por alguns grupos que se dizem evangélicos, transforma-se no carro-chefe do legalismo, tirando de Jesus Cristo o mérito da nossa salvação.

Desta forma, Legalismo é você praticar algumas coisas, inclusive as boas, as honestas e até as lícitas, mas com uma motivação errada, pois consideram que essas coisas em si mesmas, teriam o poder de tornar você melhor pessoa do que já é. Você pode guardar todos os dias da sua vida, pode até deixar de viver, transformar-se num eremita, morar numa cabana no cume de uma montanha, sem contato com ninguém, apartar-se do mundo... Se a pessoa acha que assim vai conseguir de santificar, não vai não, porque Cristo está acima de todo esse legalismo mundano, acima de todas essas coisas boas ou más. Se Cristo não me transformar, nada disso colaborará para que eu venha a me transformar numa pessoa melhor.

Eu vou um pouco mais fundo, nessa afirmação. Dentro do que estamos falando, várias ações espirituais podem ser feitas de maneira equivocada, como o jejum e a oração, quando a pessoa pensa que essas ações teriam o poder, em si mesmas, de melhorar alguma coisa ou alguém.

Tem gente que passou a ter fé na própria fé, sendo a fé apenas um veículo, uma conexão entre a nossa alma e Deus, só um meio de expressão. Se eu passar a ter fé na minha própria fé, eu tirarei Cristo do centro e do lugar da Sua soberania. A minha fé, sozinha, não vai poder me ajudar em nada. Vou explicar melhor: se eu resolvo orar cinco horas por dia, já começarei a me achar melhor que os outros, pois ninguém ora tanto quanto eu! Pronto, já estou no legalismo! Afinal, onde está escrito que orar por mais tempo põe alguém em vantagem sobre outros? Só estarei tirando de Jesus o mérito em me fazer uma pessoa melhor, mais espiritual, substituindo-O pela minha capacidade em orar por bastante tempo. Sendfo assim, a morte d’Ele não foi suficiente, o Seu sangue, a Sua graça não foram suficientes... A decisão certa seria dizer: “Deus, estou orando aqui porque eu Te amo, porque eu sinto a Tua presença, é apenas uma forma de me sentir mais perto de Ti, Senhor!”

Agora, podemos entender porque nosso texto adverte para que não deixemos que ninguém nos julgue! Todas essas coisas que os homens faziam antigamente eram sombras das coisas que haveriam de vir, porém o corpo é Cristo. O apóstolo Paulo está querendo dizer que aquele sábado era uma figura de Jesus, — Dia do Descanso. Quando Jesus veio, passou a ser o nosso descanso eterno. A coisa se cumpriu e o sábado deixou de ser apenas uma sombra do que haveria de vir, concretizando-se em Jesus.


JESUS ESTÁ ACIMA DO MISTICISMO


Os versículos 18 e 19 falam sobre o misticismo. Primeiro, vamos ver a diferença entre o legalismo e o misticismo: O legalismo é quando eu faço determinadas coisas, emprestando àquelas coisas um valor que elas não têm, como o exemplo do sábado. Já o misticismo, é nos alimentarmos da nossa própria espiritualidade. Por exemplo: É eu achar que pelo fato de falar um monte de línguas estranhas eu estou sendo espiritual, diferenciado, que estou desenvolvendo muito bem um dom que Deus me deu, e nem costuma dar pra muita gente... Isso é misticismo!


a) O místico gosta de comandar a vida alheia


O misticismo coloca esses elementos místicos acima da soberania de Deus. Observe que o versículo 18 chama de “mente carnal” para as mentes místicas, pois querem parecer mestres dos outros. Geralmente, essas pessoas querem controlar os outros, manipular, pois consideram que sua mística lhes traz uma diferenciação sobre das demais pessoas. Elas costumam armar um ambiente místico ao seu redor, lançam olhares significativos de que estão tendo visões, revelações, sonhos, etc., parecendo, algumas vezes, com os médiuns do espiritismo. O místico faz questão de passar essa imagem superior para os outros.

Lembramos, agora, que esse comportamento não tem nada a ver com a simplicidade que nosso texto fala sobre Jesus, como a praticidade, a humildade, a sinceridade... Quer dizer, não é mais a Bíblia que dirige os passos dessas pessoas, mas os sonhos, as profecias, etc.


b) Dom profético


Por falar em profecias, tem gente que usa o dom profético de maneira mística, para poder controlar e dirigir a vida dos outros. Dias atrás eu estava atendendo uma pessoa de outra Igreja, e sei que lá onde ela está as pessoas costumam usar o misticismo para manipular e controlar a vida dos outros. Precisei ministrar ao seu coração, dizendo a ela que “Profecia, biblicamente falando, Jamais deve ser usada para governar a vida dos outros. Você não pode aceitar uma profecia que diga com quem você vai casar, que deve vender sua casa para comprar outra, que deve se demitir do seu emprego e ir para outro, pois isso é misticismo.”

Isso não é espiritualidade! Quem coloca as pessoas acima das outras é o misticismo, conferindo-lhes um poder que elas não têm de controlar a vida dos outros. Eu li para essa pessoa o texto de Coríntios, onde o apóstolo Paulo fala a verdadeira função da profecia, que é consolar, edificar e exortar. Este é o ensino no Novo Testamento do nosso Senhor, que é a dispensação da graça, da qual estamos debaixo. Profecia existe, mas esse dom está regulado pelo que diz a Palavra.


c) Profecias nos dois Testamentos


As pessoas vivem no Novo Testamento como se ainda estivessem no Velho Testamento. Tem grupos por aí, que se dizem evangélicos, que usam a profecia do modo como era usada na Velha Aliança, como se Jesus não tivesse vindo morrer por nós, como se o Novo Testamento não estivesse aí para nos ensinar o que devemos fazer. Precisamos aprender que na Antiga Aliança eles não tinham a Bíblia como nós temos hoje, e por isso elas serviam para dirigir as vidas dos outros. Essa era a forma que Deus teve nas mãos para usar, naquela época.

Para explicar bem isso, o apóstolo Pedro, numa de suas cartas, diz que “Deus nos tem dado tudo que diz respeito à vida e à piedade.” Isso foi dito no contexto da revelação da palavra profética, que é como uma lâmpada que ilumina um lugar escuro. Está escrito! Graças a esta Palavra revelada a nós, que Pedro está dizendo pelo Espírito Santo, Deus já nos deu tudo que diz respeito à vida e à piedade.


d) A Palavra é a ferramenta dos cristãos maduros


Lutero acreditava na manifestação sobrenatural do Espírito Santo, mas ele era tão apaixonado pela Palavra, que bastou lê-la para ele se libertar da prisão e da ignorância do catolicismo romano. Ele chegou a dizer, certo dia, o seguinte: “Senhor, peço-te que não me mandes anjos dos céus, nem me mandes visões e revelações, porque eu já estou plenamente satisfeito com tudo que está nas páginas da Bíblia Sagrada.” Que declaração fantástica! Ele abriu mão de bênçãos espirituais! Tendo a Palavra, ele não precisava de mais nada!

É esse entendimento que vai nos livrar dessa praga do misticismo. Não é que as profecias não sejam uma coisa boa, mas nós vamos precisar de sabedoria para poder lidar elas, acreditando que Cristo está acima do misticismo, do legalismo e da filosofia.

Essas manifestações são verdadeiras quando ocorrem num ambiente de ordem e de decência, com critérios e segundo a revelação da Palavra. Por que será que a Bíblia diz que você tem que julgar as profecias? É atitude madura de quem sabe colocar a Bíblia em primeiro lugar! É a Bíblia que diz para por a profecia à prova, julgar de acordo com a Palavra. Você não é obrigado a aceitar tudo que uma pessoa diz, só porque ela está falando em línguas.


e) Cristão despreparado, heresias à vista


Precisamos crescer espiritualmente, para que não venhamos a ser enganados. Em Efésios 4 a Bíblia recomenda que não sejamos crianças, pois os ministérios, os ensinos, o pastorado, o evangelismo, o apostolado, a palavra profética foram colocados na Igreja para ajudarem aos santos a serem homens crescidos, pessoas edificadas, amadurecidas para que não sejam mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina sem sustentação, sem firmeza. Basta uma novidade acontecer num lugar e os crentes infantis já correm para ver. São pessoas que só vão atrás das coisas místicas, como se não houvesse a Bíblia para lhe abençoar e lhe dizer o que precisam fazer.

São meninos... A qualidade no homem maduro é que ele tem valor de permanência, tem enraizamento nos Escrituras, tem discernimento espiritual, não podendo ser enganado facilmente. Esse tipo de pessoa coloca a Bíblia acima de tudo! Todos os cuidados que enumeramos aqui não são sinônimo de incredulidade, não! O nome já diz: são cuidados. Querem lhe entregar uma profecia? Receba, mas julgue seu conteúdo à luz da Palavra. Toda pessoa que não cresce nesse setor, será sempre uma presa fácil, massa de manobra, vítima de pessoas que, às vezes, nem têm o temos de Deus. Deus não quer uma Igreja fraca, ignorante, inocente, ingênua, uma Igreja menina...


JESUS ESTÁ ACIMA DO ASCETISMO


Agora, para terminar, veremos o que nos ensina os versículos 20 ao 23, quando Paulo adverte sobre o prática do Ascetismo,ou asceticismo, que costuma ser confundido com o Legalismo, mas que tem características bem diferentes.

Enquanto o Ascetismo não possui nenhum respaldo bíblico nas suas doutrinas, o Legalismo tem a seu favor que parte de um texto bíblico embora provoque distorções nesses ensinos: É o caso do sábado do Antigo Testamento. Está escrito, mas não tem mais aplicação, segundo o texto do Novo Testamento. Esquece a leitura atual de um texto de outra época.

O Ascetismo, também chamado de Asceticismo, vem da palavra grega “ascese”, que significa o exercício prático em busca da plenitude da vida moral. Para alcançar seus intentos, os ascetas costumavam retirar-se para lugares desertos, praticando a meditação contemplativa, evitando os aspectos corpóreos e sensíveis do homem, resultando tudo isso numa existência mística.


a) As dispensações de Deus


Veja que Deus foi se revelando à humanidade a partir de todas aquelas dispensações que foram aparecendo e desaparecendo, ao longo da história. Cada dispensação traz uma revelação de Deus, mas agora podemos entender que o Legalismo aplica algo que Deus utilizou em outra época, endereçada apenas para as pessoas daquele tempo ou vivendo em outras situações.


b) Legalismo + Misticismo = Ascetismo


O Ascetismo é doutrina de homens, mesmo, criações de uma mente legalista. Se essas ações não forem confrontadas no princípio, fatalmente se transformarão em doutrinas heréticas, que costumam produzir um afastamento de Deus. Sintetizando: se a gente não trata do Legalismo, o Ascetismo toma o seu lugar. Vira homens sendo conduzidos por doutrinas de homens. É um aperfeiçoamento do Legalismo.

É por isso que o Ascetismo é citado em último lugar, neste texto bíblico que estamos estudando. É porque ele passa a ser um fruto da soma do Legalismo e do Misticismo. As pessoas vão “viajar” tanto, vão entrar num devaneio tão grande que vão acabar no Ascetismo, passando a seguir as regras e regulamentos criados por outros homens, criando também suas próprias doutrinas humanas, que em nada se encaixam com os ensinos bíblicos.


JESUS É SUFICIENTE


O que será que Deus pretende com essa palavra dirigida a nós, hoje? Eu lhe respondo: é para que você decida por uma vida espiritual simples, que pare de ficar procurando novidades em outros lugares, coisas extraordinárias, novas revelações, filosofias... Deus não quer que busquemos nem o que é nobre deste mundo, nem o que é lixo das pessoas, que há muito tempo não confiam em Deus para a sua salvação. Não procure por pessoas que só confiam nelas mesmas, nas suas próprias ideias, invenções carnais.

Vamos primar por uma vida simples, pois o Evangelho é simples. Paulo escreveu a Tito que as pessoas estão se apartando do que está no Evangelho de Cristo. Veja o que Jesus disse: “Sede simples como as pombas...” Está escrito! Jesus também disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.”

É isso que devemos buscar! Uma fé que se ancore em Cristo, pois Cristo é suficiente! Não precisamos de mais nada: filosofias, legalismo, misticismo, ascetismo e nem mais nada! Cristo é absoluto — Ele venceu todos os inimigos por nós, morreu na cruz em nosso lugar, ressuscitou, subiu aos céus, voltou a sentar ao lado do Pai... É de lá que Ele intercede por nós! E tem mais, ainda: Um dia Ele virá para buscar o Seu Povo zeloso, especial e de boas obras — Eu e você! E esse povo é um povo simples!


JESUS E NÃO SACRIFÍCIOS


Deixe-me contar-lhes uma experiência própria. Um dia eu estava de jejum, com um propósito bem pessoal, daqueles que não podemos compartilhar com ninguém. Eu estava com um problema dentro de mim que queria resolver, e sabia que só Jesus poderia me ajudar. Comecei meu jejum quando saí para uma viagem, sendo que quando voltei para casa ainda faltava um dia para entregar o meu jejum. Minha esposa, para demonstrar seu contentamento pela minha volta, preparou um almoço maravilhoso, com todas as coisas que eu mais gosto.

Eu entrei em luta, pois não queria quebrar meu jejum, mas também não queria frustrá-la no seu carinho por mim. É aquela coisa do místico: poderia dizer que não quero aquela comida e frustrar minha esposa, ou quebro meu jejum um dia antes? Fui para o quarto orar e pedi ao Senhor que me orientasse o quê fazer naquela situação, sem prejuízos. E o Senhor falou ao meu coração: “Filho, misericórdia eu quero e não sacrifícios...”

Ah, irmãos... Eu estou pregando aqui tão despojado... Estou falando de algo que eu entendo e que eu vivo, essa simplicidade que eu aprendo com a Bíblia. Jesus falou ao meu coração: “Eu já paguei o preço. O sacrifício maior eu já fiz. Eu quero que você jejue, mas não a esse preço! Desde manhã que ela está lhe esperando! Fique em paz! Entregue seu jejum agora e vá deliciar-se com essa comida e vá viver essa realidade da vida!”

Às vezes a gente não entende isso, vai no sacrifício, vai na raça, na nossa própria vontade, muitas vezes a gente argumenta, usando como escudo coisas espirituais! Eu poderia dizer pra ela que estava de jejum, e não estaria mentindo, mas estaria desconsiderando algo que também é importante: o amor de uma esposa pelo seu esposo, esse amor tão reverenciado nas Sagradas Escrituras.

Nós podemos ser simples nas nossas atitudes e servir a Deus com efetividade. Deus está nos chamando para uma simplicidade de fé, uma fé que faz aquilo que é para fazer, se esforça quando é para se esforçar, ora quando é para orar, jejua quando é para jejuar, mas uma fé que sabe que tudo isso são mecanismos para a gente exaltar a Deus.

Aprendamos, de uma vez por todas, que não há poder nessas coisas por si mesmas, pois o poder está em Cristo. A própria Bíblia nos diz hoje que Ele é o mistério de Deus e n’Ele estão ocultas todas as riquezas da sabedoria e do conhecimento. Por isso está escrito neste texto que Cristo está acima de tudo e de todos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Eu quero terminar, irmãos, dizendo que toda manifestação de Deus aqui em Cristo Jesus é quando nós entendemos que Ele está acima da própria morte, do nosso próprio pecado e dos demônios, principados e potestades que existem. Se você simplesmente colocar a sua fé em Jesus, você vai se libertar da consciência que te acusa, dos teus fracassos, dos teus pecados e até do medo da morte. Também não vai ter medo dos demônios, por maiores que eles sejam.

O segredo está aqui, que você creia n’Ele como totalmente suficiente, descansando n’Ele. Chegando a esse estágio, não haverá mais filosofias para te enredar, legalismo para te tirar da presença de Cristo, misticismo para te fazer um controlador e manipulador dos outros e nem se transformar num ascético, que seria a manifestação mais cruel desse afastamento de Cristo, apesar de usar uma capa de falsa humildade, mas que não tem valor algum contra o pecado.

Então, vamos ler novamente o nosso texto básico de Colossenses 2:11-15, numa outra versão, para entendimento de tudo que foi ensinado aqui, hoje.


Nele também fostes circuncidados não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual fostes igualmente ressuscitado mediante a fé no poder de Deus, [não é fé na oração, nas coisas que você faz] que o ressuscitou dentre os mortos e a vós outros que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne. Ele vos deu vida juntamente com Cristo, perdoando nossos delitos, tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu inteiramente do meio de nós e cravou na sua cruz. E Ele, na sua cruz, despojou os principados e as potestades, os expôs publicamente ao desprezo, trinfando deles na cruz. (Colossenses 2:11-15)


Agora, eu pergunto: Será que você precisa confiar em outra coisa a não ser em Cristo? Será que você precisa de filosofia, de legalismo, de misticismo e de ascetismo? Será que você acha que se jejuar muito você passará a ser poderoso? Poderoso é Cristo em nós, queridos! Não deixe de jejuar, porém faça-o com sabedoria, não colocando fé nessas coisas espirituais. Não esqueça de que foi o próprio Jesus quem disse que certas castas de demônios só poderiam ser vencidas com jejum e oração! Afinal, você ora e jejua para revestir-se contra a retaliação do inimigo, para proteger-se. Tem gente que acha que o jejum é para deixar a pessoa poderosa, uma dinamite contra o inferno. Não!!! Dinamite contra o inferno é o próprio Jesus!!! O jejum é para proteger você da retaliação do inimigo, para proteger o teu espírito.

Os demônios são fortes! Aprenda que cada ação corresponde a uma reação! Se você não é uma pessoa santa, se você não ora, se você não procura agradar a Deus, se você não foge do pecado, aí você vai lutar contra o diabo e você é retaliado! Porém, não comece a achar que isso ou aquilo faz você poderoso para derrotar o diabo!!! Quem derrota o diabo é Jesus!!! Entenderam? Quando o diabo reagir contra você, ele será neutralizado, enfrentado e colidido! Bate e volta! Será que é porque você é poderoso? Não, é porque Jesus é poderoso e você simplesmente precisa crer n’Ele.

Repito: Não é vencer o diabo, mas evitar de ser cortado por ele. É como diz lá em Deuteronômio: “Vindo o inimigo por vós por um caminho, ele fugirá de vós por sete caminhos diferentes.” É a verdadeira colisão! O diabo vem por um caminho, esbarra, colide e sai por sete caminhos diferentes! Vai embora! Bate em retirada! A oração e jejum criam em nós uma crosta, um invólucro, uma armadura! Bate e volta!

Fé simples no Senhor Jesus! E cuidado com a sua vida espiritual, para que você fique forte, para que o diabo não te derrote! É como diz lá em no capítulo 4 de Tiago: “Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo e ele fugirá de vós.” Agora, vem o alerta: como resistir ao diabo, se não estamos sujeitos a Deus? Existe uma ordem de acontecimento, para que tudo dê certo, para que tudo acabe bem: “Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo e ele fugirá de vós.”

Para encerrar nossa reflexão, apresentamos um poema extraímos do site “Palavras do Céu”, que recebemos pela Internet, e que sintetiza tudo o que falamos até agora.


A POESIA SUAVE DE JESUS


O Evangelho de Jesus é um poema à simplicidade. Não requer explicações metafísicas, nem elasticidade filosófica para entendê-lo.

“Olhai as aves do céu; não semeiam, nem ceifam, mas nosso pai celestial as alimenta.” É a lição do desprendimento.

“Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não está apto ao reino de Deus.” — É a lição da perseverança.

“Aquele que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra.” É a lição da auto-análise.

“Quando fordes convidado para um banquete, senta no último banco.” É a lição da humildade.

“Aquele que quer ser o maior, que se seja o que mais serve.” É a lição da caridade.

“Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” — É a lição do acolhimento.

“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” É a lição da delicadeza.

“Reconcilia-te com teu inimigo enquanto estás a caminho com ele.” É a lição da paz.

“Saiu o semeador a semear a sua semente.” É a lição do trabalho.

“Para entrar no reino do céu é necessário nascer de novo.” É a lição da volta.

“O filho do homem veio para servir e não para ser servido.” É a lição da nobreza.

“Seja o vosso falar sim, sim; não, não.” É a lição da firmeza.

“Tratai a todos como gostarias de ser tratado.” É a lição da justiça.

“Vai e não peques mais.” É a lição da resistência.

“Lázaro! Levanta-te e anda!” É a lição da fé.

Procure Jesus nas coisas simples: na lágrima, no afago, na alegria pura, no trabalho honesto, no gesto fraterno, no poema à vida, enfim, em tudo que eleva e ilumina. Por isso é tão difícil para a Ciência e para a Filosofia encontrá-lo.


Mensagem pregada na Igreja Batista Palavra Viva, em Tubarão/SC, em 21/08/2011.

Edição, adaptação e postagem de Walmir Damiani Corrêa

quinta-feira, 14 de julho de 2011




AS TÁBUAS DO TABERNÁCULO

Pr. Bartolomeu de Andrade

Viamão/RS, fevereiro de 1991




“Farás também as tábuas do tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas. O cumprimento de uma tábua será de dez côvados1, e a largura de cada tábua será dum côvado e meio. Duas couceiras terá cada tábua, travadas uma com a outra: assim farás com todas as tábuas do no meio das tábuas, passando duma extremidade até à outra.

E cobrirás de ouro as tábuas, e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras: também as barras, as cobrirás de ouro. Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte.”tabernáculo.

E farás as tábuas para o tabernáculo assim: vinte tábuas para a banda do meio-dia, ao sul. Farás também quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas bases debaixo duma tábua para as suas duas couceiras, e duas bases debaixo doutra tábua para as suas duas couceiras.

Também haverá tábuas ao outro lado do tabernáculo, para a banda do norte. Com as quarenta bases de prata: duas bases debaixo duma tábua, e duas bases debaixo doutra tábua, e ao lado do tabernáculo, para o ocidente, farás seis tábuas.

Farás também duas tábuas para os cantos do tabernáculo, de ambos os lados; e por baixo se ajuntarão, e também em cima dele se ajuntarão numa argola. Assim se fará com as duas tábuas: ambas serão por tábuas para os dois cantos.

Assim serão as oito tábuas com as suas bases de prata, dezesseis bases: duas bases debaixo duma tábua, e duas bases debaixo doutra tábua.

Farás também cinco barras de madeira de cetim, para as tábuas dum lado do tabernáculo. E cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo; como também cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo, de ambas as bandas para o ocidente. E a barra do meio estará no meio das tábuas, passando duma extremidade até à outra. E cobrirás de ouro as tábuas, e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras as cobrirás de ouro. Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte.


Introdução

Como todos sabem, o Povo de Deus viveu por quatrocentos anos no território egípcio, mantido, boa parte deste tempo, num regime escravo. Deus comissionou Moisés para comandar a retirada do povo daquela situação, conduzindo-o para a Terra Prometida. Essa caminhada pelo deserto tem passagens marcantes, como a travessia do Mar Vermelho, a retirada da água de uma rocha, etc., e também a construção do tabernáculo, um templo que era montado e desmontado à medida em que a viagem acontecia. É sobre o tabernáculo que estaremos refletindo hoje, sua criação, seu significado, o que ele nos deixa de ensino para nossa vida espiritual.

Deus, um arquiteto

Este texto é importante porque fala do edifício de Deus. Quando se diz que Deus é o arquiteto do universo, acreditamos ter certa parcela de verdade, apesar de não ser uma afirmação tipicamente evangélica. Pelo menos, o que se vê na Bíblia é que Deus realmente é um edificador, um construtor, um arquiteto. Existe uma quantia considerável de edifícios feitos por Deus na Terra, quando instruía pessoas, seus servos, pessoas que estavam diante dEle, como a arca de Noé, a Tenda da Congregação, e o próprio templo de Salomão, chamado “O Grande Santuário”. Essas obras foram feitas pela instrução de Deus, sob Sua direção.

O projeto

Conforme lemos, as tábuas eram ligadas por travessas que atravessavam argolas, de tal maneira que as tábuas se erguiam e se desmontavam, porque o povo estava em permanente caminhada pelo deserto. Hoje em dia, essa construção seria chamada de pré-moldada.

Havia uma nuvem que guiava o Povo de Deus, havia o testemunho de Deus, havia a luz de Deus que os guiava. Quando a nuvem se levantava, o povo entendia que era hora de marchar. Tudo se desmontava e era transportado até outro local designado. Quando a nuvem baixava de novo, entendiam que era hora de parar, montar acampamento, dar uma parada naquela trajetória. Assim, o tabernáculo acompanhava o Povo de Deus, montando-se e desmontando-se. Era um templo portátil.

O significado das tábuas

Observe, pelo texto, que a ênfase é dada às tábuas! Quando nos referimos às tábuas, embora de maneira precária, estamos nos referindo ao tabernáculo, ao próprio santuário, pois a junção das tábuas compunha o tabernáculo propriamente dito. Se não existissem as tábuas, não existiria o tabernáculo, pois era o esqueleto da sua montagem que dava sustentação à construção toda.

Essas tábuas são importantes para nós porque seu significado diz respeito diretamente a cada um de nós. Desejamos iniciar este estudo dizendo que essas tábuas simbolizam cada um de nós, que nós somos individualmente essas tábuas do tabernáculo. E nós, juntos, reunidos, em nome de Jesus, formamos o tabernáculo, o edifício de Deus na face da Terra.

Vocês podem ver pelo número de tábuas, que era em número considerável: 48 tábuas, todas em pé, dando estrutura para a edificação. Nós, hoje, fazemos parte desse edifício! Imaginemos nós todos reunidos, abraçados diante de Deus, e Deus se movendo através de nós, simplesmente porque nós estamos aqui, juntos, de mãos dadas!

Se não estivéssemos aqui, essas paredes não diriam nada! Esse lugar só é importante porque nós estamos aqui! O tabernáculo só estava de pé porque havia 48 tábuas a sustentá-lo! Juntos formamos o edifício de Deus. Reunidos como estamos, Deus se revela, se manifesta. Figurativamente, nós somos as tábuas do tabernáculo, formando o edifício onde Deus vai se manifestar, onde vai aparecer, onde vai mostrar os Seus propósitos.

Essas tábuas devem ser ajustadas, porque a Bíblia faz um registro exato do comprimento das mesmas, da sua largura (v.16). Não é uma questão de amontoar algumas tábuas, reuni-las em algum lugar. Eram tábuas preparadas, bem confeccionadas, que tinham a mesma medida; só assim elas poderiam ficam juntas umas das outras. Isso era importantíssimo!

Essas tábuas de cetim, que estavam ali montadas, nem sempre estiveram ali. Um dia elas faziam parte de uma floresta, e os homens foram em busca delas, sendo cortados os seus troncos. Artistas hábeis fizeram esses troncos se transformarem em tábuas apropriadas, medidas precisamente, de modo que pudessem se juntar umas às outras num mesmo objetivo, para que viessem a ter a sua utilidade no tabernáculo do Senhor.

Eu penso que nós, quando estávamos aí pelo mundo, servindo a Satanás, distantes da Palavra de Deus, éramos como esses troncos, essas árvores em estado bruto, áspero. Foi Deus, com Seu machado poderoso, quem nos derrubou por terra. Um dia caímos aos pés de Jesus, tocados por esta Palavra verdadeira, por esta espada que penetra até o espírito e a alma, separando-as, pois Deus separa juntas e medulas. Um dia nós caímos do alto do nosso egoísmo, do nosso orgulho, golpeados pelo machado, pela espada da Palavra. Só a partir daí começou o imenso trabalho de Deus em cada um de nós, pois quando tudo de nós cai por terra, tudo se faz novo.

E as nossas vidas começam a ser trabalhadas pelo Senhor... A exemplo das tábuas do tabernáculo, elas foram sendo cortadas dos bosques, e os troncos foram sendo trazidos para uma casa especial, onde mãos de artistas iam alisando essas tábuas, lixando, cortando, aparando, recortando... Elas tiveram que ser encaixadas naquele projeto de Deus. Ele estabelecera tudo: o tabernáculo teria que ser de madeira específica, e as tábuas teriam que ter o mesmo comprimento e largura. Somente assim essas tábuas poderiam fazer o seu papel, poderiam compor o edifício.

A mesma coisa acontece conosco, irmãos. Se continuarmos com essas diferenças que existem entre nós, não vai haver condições de nos unirmos uns aos outros, de nos completarmos, para que Deus se manifeste poderosamente. Saiba que Deus quer se manifestar, quer falar no nosso meio, mas Ele espera que cada um de nós assimilemos o Seu tratamento, que nos curvemos diante d’Ele, para que tenhamos as mesmas medidas. Que possamos nos encostar uns nos outros sem que aconteça nenhum atrito, sem problema ou dificuldade alguma! Enquanto tivermos uma medida diferente do outro irmão, o tabernáculo não poderá ser montado e usado. E, caso teimemos em montar o tabernáculo assim mesmo, com essas diferenças de medidas, seu visual será feio, deixará muito a desejar, e a garantia de que ele vai permanecer de pé, será mínima. O plano inicial não vai funcionar.

Imagine o tabernáculo feito diretamente com os troncos brutos, sem passar por aparas nem lixamentos, cheios de nós, com todas as imperfeições e protuberâncias... Imagine chegar alguém no tabernáculo, e olhar o nível daquela parede! O desnível seria flagrante e as distorções estariam gritantes! Porém, quando alguém chegava diante do tabernáculo do Senhor, via uma construção perfeita, ajustada, porque cada tábua tinha a mesma medida que a outra; nenhuma aparecia mais do que a outra.

Nós precisamos refletir sobre isso, irmãos! Nós temos um Deus que nos guia, e nós temos que nos ajustar à direção desse Deus! Primeiramente, temos que entender que ninguém é superior a ninguém. As tábuas tinham o mesmo comprimento, a mesma largura e a mesma altura. Não havia uma tábua sequer diferente das outras. Nem maior, nem menor.

A metáfora é clara. Só há uma pessoa maior em nosso meio: Jesus Cristo. Nenhum de nós é melhor do que ninguém. Todos temos as mesmas medidas, pelos menos aos olhos de Deus. E isso basta! É o que importa!

Pode ser que alguém caia na asneira de pensar que é melhor do que os outros, mas, para Deus, temos a mesma importância, apesar das diferenças provenientes das nossas individualidades, das funções exercidas. Pode ser que alguns apareçam mais do que os outros por causa das funções que ocupam na Igreja, mas aos olhos de Deus temos a mesma importância, somos as mesmas pessoas. Afinal, não é a Bíblia que diz que Deus não faz acepção de pessoas ?

Somos as tábuas do tabernáculo, com a mesma altura e o mesmo comprimento, e juntos, uns dos outros, estamos edificando a obra de Deus, estamos construindo a Casa de Deus, estamos erguendo o Tabernáculo de Deus na face da Terra.

Ninguém é superior a ninguém; ninguém é melhor do que ninguém. Somos diferentes, repito, aparecemos mais, os obreiros, em virtude das funções, porque temos uma chamada específica, mas aos olhos de Deus somos iguais. Deus chamou uns para pregar, outros para ministrar, outros para outras funções, e por essas diferenças é que uns aparecem mais do que os outros, mas aos olhos de Deus, a importância é a mesma. É a soma dos trabalhos que faz a obra andar.

Jesus é o supremo Pastor das nossas almas, o Senhor de cada um de nós. Tanto é assim, que a Bíblia diz que em Cristo não há gentio, não há judeu, não há bárbaro, pois somos todos um em Cristo Jesus. Ele está em todos. Ele é por todos. Ele fala através de todos. Assim, nós precisamos ter a mesma altura, a mesma medida ¾ Nós somos um no Senhor Jesus.

A união das tábuas

Agora, eu gostaria de chamar a atenção para a disposição das tábuas, na construção do tabernáculo. Veja que mensagem você pode extrair disso: “Farás também quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas bases debaixo duma tábua para as duas couceiras, e duas bases debaixo doutra tábua para as suas duas couceiras.”

Um pouco antes, no versículo 17, líamos o seguinte: “Duas couceiras (encaixes) terá cada tábua, travadas uma com a outra: assim farás com todas as tábuas do tabernáculo.” Vale a pena relermos o que disse, também, o versículo 16: “O comprimento duma tábua será de dez côvados, e a largura de cada tábua será dum côvado e meio.”

Precisamos refletir um pouco a respeito dessas instruções de Deus a Moisés, para a construção do tabernáculo. Essas tábuas têm dez côvados de comprimento, por um e meio de largura. E você sabe que um e meio não é uma medida exata; um côvado , dois côvados é que seriam medidas exatas.

Mas, como diz o versículo 17, cada tábua tem dois encaixes, na parte superior e na parte inferior, porque as tábuas iam se ligando a partir de cada unidade, unindo-se umas às outras, formando uma só unidade, um só bloco. Assim, depois que uma tábua se unia à outra, elas totalizavam três côvados de largura e aí sim, temos uma medida exata, tanto no comprimento como na largura.

Por que será que Deus estabeleceu as coisas dessa forma ? Foi para que ninguém vivesse isoladamente, para que ninguém tentasse fazer a Sua obra sozinho, para que ninguém reivindicasse para si o controle de todas as coisas. Essa é a forma que achamos de espiritualizar essa ordem de Deus. Afinal, não foi à toa que Deus deu essa ordem! Alguma coisa Ele queria dizer com tudo isso!

Desde o princípio nós fomos feitos para estarmos juntos a outras pessoas. Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só.” (Gn 2:18). E, podem ter certeza, irmãos: o homem não é completo, porque sozinho ele não representa uma medida exata. O homem sempre precisa unir-se a outro para poder se completar, para poder representar algo. O ser humano só se transforma numa medida exata quando ele passa a ter comunhão com alguém, uma comunhão íntima. Não necessariamente que todo homem deva se casar, mas que todo homem deva viver participativamente, viver uma vida em comunhão com os outros, porque sozinho ficaríamos sem proteção, sem amparo. A partir do momento em que aprendemos a nos encaixar uns nos outros, a nos escorar uns nos outros, começamos a fazer a obra de Deus na face da Terra. Só a partir deste momento.

Cada tábua tinha encaixes em cima e em baixo, e elas, juntas, completavam três côvados de largura. E, como se isso não bastasse, elas eram travadas em cima e em baixo, para que não pudessem virar, não pudessem girar nem na parte de cima, nem na parte de baixo. Além de encaixadas, eram assentadas na base que as sustentava e só por isso a construção ficava sólida.

Muitas vezes nós estamos começando a balançar, a girar, prestes a cair, mas aparece um irmão que nos serve de encaixe na parte superior, e nos segura! Quantas vezes estamos prestes a nos desviar dos caminhos de Deus e aparece um irmão amado e nos lembra da importância da Palavra de Deus, e nós encontramos naquelas palavras do irmão uma sustentação para nossas vidas, e nos recolocamos no mesmo lugar que estávamos antes, lugar que Deus preparou para nós. Graças a Deus que sempre existe um irmão, um encaixe que Deus estabeleceu para que nós não estivéssemos sozinhos! Dependemos uns dos outros, precisamos entender isso, colocar isso dentro dos nossos corações!

Não podemos querer centralizar tudo em nossas mãos, impor sempre as nossas idéias. Isso não combina com a vontade de Deus! Por que você acha que quando Jesus comissionou os setenta discípulos, Ele os mandou de dois em dois, conforme vemos em Lucas 10:1 ? É porque uma tábua sozinha não tem uma medida exata, suficiente; ela tem apenas um côvado e meio! Porém, se ela se juntar com outra, as duas formarão uma medida exata e suficiente: três côvados.

Ninguém pode fazer a obra de Deus isoladamente. Precisamos entender que Deus nos chamou para uma vida de corpo, para uma vida de comunhão, de participação mútua, coletiva! Temos que nos humilhar, para assimilar esse projeto de Deus para nossas vidas. O profeta Amós disse que quando dois estão caminhando, um cai e o outro o levanta, e que quando um sente frio, o outro o aquece. A Bíblia sempre nos diz que é melhor dois do que um. Ponha isso no seu coração.

A Bíblia também diz, no texto em que estamos meditando, que as tábuas que tinham um côvado e meio de

largura, deveriam ter encaixes, para que juntas, unidas, formassem uma unidade completa. Assim, 48 tábuas

constituíam uma parede, solidificavam a Casa de Deus, no passado. Nós temos que assimilar essa lição!

Eu mesmo posso dar testemunho pessoal: estava com três anos de ministério e passava por uma luta violenta. Foi quando um companheiro querido de ministério foi ao meu encontro, me abraçou, chorou comigo, e eu consegui encontrar alívio para as minhas dores. Eu sempre digo isso: estou pregando a Palavra de Deus porque Deus usou um amado irmão de ministério, que me deu a mão no momento em que eu mais precisava. Eu estava cambaleando, girando, saindo do lugar, mas louvado seja Deus que encontrei meu encaixe naquele irmão, para que eu pudesse continuar de pé, lutando pela obra de Deus aqui na Terra! Sozinho não se vai para lugar algum! Só iremos para o lugar que Deus estabeleceu para nossas vidas, se aprendermos a nos encaixar uns nos outros.

O elemento divino

Muitas vezes um lado nosso está áspero, e quando tentamos nos encostar em alguém causamos um atrito, um mal-estar. Nesse momento, temos que pedir a interferência da mão disciplinadora do Espírito Santo, para que esse lado possa ser aplainado pelo poder de Deus e possamos, finalmente, nos encaixar a outros irmãos.

Outra coisa importante com relação às tábuas, é mencionada no versículo 20. Diz ali, que depois das tábuas estarem prontas, confeccionadas, elas deveriam ser cobertas de ouro, ou seja: só quando as tábuas estivessem unidas, encaixadas, milimetricamente cortadas e aparadas. Só quando o tabernáculo propriamente dito estivesse erguido é que as tábuas poderiam ser cobertas de ouro.

Biblicamente, irmãos, o ouro representa a glória de Deus, enquanto que a madeira de cetim está representa a natureza humana, que precisa ser aparada pelo Espírito de Deus, acrescida do elemento divino, ou seja, da vida eterna. Que nós tenhamos a vida dentro de nós, que esse elemento que vem do céu seja inserido na nossa natureza humana!

É por isso que eu sempre afirmo: quando alguém recebe a vida eterna, quando alguém de fato é regenerado, salvo, de fato convertido e trabalhado por Deus, essa pessoa não consegue se desviar. Pelo menos, não por muito tempo, pois ela já terá um elemento de Deus inserido na sua humanidade! Há um testemunho de um outro pastor que se desviou, que girou para um lado, para o outro, e não havia encaixes naquele momento para mantê-lo no lugar. Ele caiu, pois não conseguia permanecer de pé. Dentro de três meses ele voltou para a sua congregação, chorando, pedindo que o recebessem de volta, pois o mundo não o tinha recebido. Ele tentou pecar, tentou retornar à velha vida desordenada, mas uma coisa dentro dele rejeitava tudo aquilo, não lhe deixando ter prazer em nada. Disse o pastor que Deus falava com ele. Era a vida eterna que estava dentro dele, inserida dentro de sua própria vida. Coisa séria!

Irmãos, quando saímos do bosque da vida, tendo o machado de Deus nos golpeado e nos jogado por terra, é porque o Espírito Santo já trabalhou nas nossas vidas, já estabeleceu as medidas de Deus: altura, comprimento, largura... Mesmo que voltemos para o mundo, ele nos rejeitará, não nos aceitará mais, pois temos um elemento que não é deste mundo. Imagine como se sentiria uma tábua, lapidada, lixada, totalmente aprimorada, ter que voltar para o meio dos troncos brutos da floresta !!! Ela ficaria totalmente deslocada, fora de lugar!

A Bíblia menciona essa situação muito claramente que aquele que é nascido de Cima, nascido de Deus, nascido do Alto, passa a não ser aceito pelo mundo, que jaz no maligno. I João 3:9) Já viram água se misturando com azeite ? Não conseguem se misturar! O azeite tem outra constituição diferente da água: você mistura, balança, os dois parecem estar formando uma unidade, mas, passados alguns minutos, o azeite já está separado da água, passando a viver sozinho. É o mesmo caso do pastor que mencionamos anteriormente! Pareceu, a princípio, que ele estava se misturando com o mundo, mas passados três meses seu coração começou a rejeitar tudo aquilo que o cercava, começando a ansiar pela volta. O mundo não o aceitava mais! A tábua era bonita demais para dividir o mesmo espaço com troncos tão rudes. Resumindo: o pastor recuperou-se, e hoje é uma bênção na sua Igreja.

O homem deve permitir, portanto, que Deus trabalhe na sua vida, para que ele chegue ao nível desejado, que não possa mais, de jeito nenhum, desviar-se nem para a direita, nem para a esquerda, porque Deus já fez aquela obra básica, profunda, de onde não sairá jamais.

A glória de Deus cobre tudo

A madeira de cetim representa essa humanidade trabalhada por Deus, que está contendo a graça, a glória, o poder, a fé, os valores divinos. Mas agora que essa tábua já está colocada no templo, bem aparada, bem medida, bem encaixada, travada, vem uma outra obra de Deus: “Cobrirás de ouro todas as tábuas do tabernáculo.” O ouro, como já dissemos, representa, em contrapartida, a glória de Deus sobre a nossa humanidade.

Se alguém chegasse ao interior do tabernáculo, depois de montado, e se esse alguém não tivesse acompanhado a montagem e a construção do mesmo, jamais imaginaria que ali havia tábuas, jamais imaginaria que por trás do amarelo do ouro havia tábuas unidas, cortadas, aparadas, medidas, encaixadas, que uma vez fizeram parte de um bosque, mas que agora pertenciam ao Templo de Deus. Eles só veriam o ouro da glória de Deus, e não conseguiriam enxergar as tábuas da humanidade.

Essa foi a última ordem de Deus. Essas tábuas se fenderiam na glória de Deus, se revestiriam desse ouro, e a glória se manifestaria de maneira extraordinária. E ninguém conseguiria ver o trabalho de ninguém, porque apenas Deus seria glorificado, apenas Deus estaria aparecendo, através de um trabalho anônimo e coletivo das pessoas.

No tabernáculo não aparecia mais tábua nenhuma, só o resplendor da glória de Deus. É isso que Deus quer, irmãos: que nós nos encaixemos de tal maneira, que nos unamos de tal maneira, e que a glória de Deus se manifeste a tal ponto que não consigamos olhar para mais ninguém isoladamente! Que não apareça mais o ministério do fulano, a aptidão do cicrano, a habilidade do beltrano... Deus não quer mais isso!

Jesus disse: “Sem Mim, nada podeis fazer.” Tudo isso foi Deus quem nos deu, e, portanto, nada nos pertence! O ouro da glória de Deus tem que cobrir todas as tábuas do tabernáculo e a glória tem que ser dada apenas a Jesus.

A glória não pertence ao homem

Em Isaías 42:8 Deus fala: “A minha glória a outro não a darei...” Nós temos que render glórias ao Senhor! Somos apenas ministros d’Ele, servos, instrumentos em Suas mãos, tábuas unidas a outras tábuas, e cobertas pelo ouro. É por isso que deve aparecer Deus e não o homem! O que precisa acontecer, aparecer, é a glória de Deus e não a habilidade do homem! No dia em que a glória de Deus de manifestar, duvido que você consiga olhar para o homem. ¾ Você só terá olhos para Deus!

No dia em que Isaías viu a glória do Senhor, ele se jogou no pó e nas cinzas; no dia em que seus olhos se abriram, ele se humilhou até o chão, sendo que a partir dali não existia mais reis, príncipes, herdeiros, doutores, diplomas... Jogou-se ao pó e gritou: “Ai de mim, estou perdido e vou morrer, porque meus olhos viram o Senhor e a glória do meu Deus.” Isso está escrito em Isaías 6:5. Naquele momento, voou um anjo com uma tenaz (uma espécie de pinça), trazendo na ponta uma brasa viva do altar, e com ela queimou os lábios de Isaías, dizendo: “Teus lábios estão purificados e teus pecados estão perdoados.” (v.6,7). Ele se levantou e disse: “Estou pronto para o serviço.”

Depois que ele viu a glória, depois que o ouro o cobriu e percebeu que não representava nada, apenas madeira, então Isaías se humilhou, foi purificado e seus pecados foram perdoados. Deus o comissionou e ele foi verdadeiramente profeta de Deus, para falar às nações. Só depois disso!

Glória humana x Glória de Deus

Certa vez, um crente norte-americano estava visitando Londres, e esteve numa grande catedral onde falava um grande pregador, homem eloqüente, estudado. Também havia em Londres uma pequena igreja onde pregava Spurgeon. Chegavam a dizer, naquela época, que quem visitasse a capital inglesa sem assistir a esses dois pregadores, não seria uma visita completa. O visitante assistiu ao grande pregador, no domingo de manhã, e, ao sair, disse maravilhado para sua esposa: Que conhecimento! Que eloqüência! Que homem! No mesmo dia, à tarde, estiveram na igrejinha e, após ouvirem Spurgeon, comentou com a esposa: Que Deus maravilhoso! Que glória! Que Deus! Que glória!

Na catedral, o pregador manifestou a boa madeira, enquanto que na igrejinha Spurgeon mostrou o magnífico ouro de Deus. Um andava na letra que mata, enquanto que o outro andava no Espírito que vivifica! Pensemos nisso! Somos tábuas de um mesmo tabernáculo, temos a mesma importância perante Deus e precisamos uns dos outros. Se não nos encaixarmos uns nos outros, poderemos até aparecer muito para o mundo, mas a glória de Deus estará ausente.

Observação

“Côvado” é uma medida de comprimento usada pelos povos do Antigo Testamento, correspondendo à distância existente entre o cotovelo e a ponta dos dedos. Corresponde, aproximadamente, a 45 centímetros.

Tábua de 10 côvados de comprimento = 4,5 m;

Largura de um côvado e meio ® 67,5 cm